O prefeito de Jales, Pedro Manoel Callado Moraes, reuniu-se, na manhã de terça-feira, 16, com a direção do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região de Jales – Consirj – do qual ele é o atual presidente, para tratar de diversos assuntos, entre eles a suspensão do atendimento aos pacientes enviados pelos municípios que se encontram inadimplentes com os cofres do consórcio. Na nota que foi distribuída à imprensa, a assessoria de Callado diz que “foi discutida e aprovada a proposta de interrupção do atendimento aos municípios inadimplentes”.
Conforme o jornal A Tribuna já noticiou no início do ano, o município de Urânia é um dos que não estão pagando as contribuições mensais devidas ao Consirj. No final de 2015, o departamento jurídico do consórcio protocolou na Justiça uma ação de execução contra a Prefeitura de Urânia, relativa às contribuições mensais de 2014, que não tinham sido pagas por aquele município, num total de R$ 43 mil. As contribuições de 2015, algo em torno de R$ 120 mil, também não foram pagas. O prefeito Francisco Airton Saracuza alega que Urânia possuiu uma Santa Casa e pouco se utiliza dos serviços da UPA de Jales. Outro município que está em débito com o Consirj é Dolcinópolis, mas a dívida é bem menor que a de Urânia.
Segundo o jornal apurou, os dois municípios seriam notificados pelo Consirj até o final deste mês sobre a decisão de suspender o atendimento aos pacientes enviados por eles. “Evidentemente que, se uma pessoa de Urânia buscar o atendimento da UPA diretamente, ela será atendida normalmente, mas aquelas pessoas enviadas pelo município, que chegam nas ambulâncias da Prefeitura, essas sofrerão restrições. Não é justo que os outros 14 municípios paguem pelo atendimento aos pacientes desses dois – Urânia e Dolcinópolis – que não pagam suas contribuições”, disse um assessor do prefeito Callado.
A medida vai valer, também, para os outros municípios que, porventura, ficarem inadimplentes. No caso de Urânia e Dolcinópolis, as medidas poderão ir além da suspensão do atendimento. “O Consirj deverá dar um prazo para que os dois prefeitos providenciem o pagamento dos atrasados. Caso isso não seja providenciado dentro do prazo, os dois municípios serão excluídos do consórcio”, garantiu o assessor do prefeito.