O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa atingiu 51,3 pontos em abril, o que representa um aumento de 13,4 pontos na comparação com abril de 2016, quando o indicador marcara 37,9 pontos, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação com o mês anterior, a variação foi de 1,6 pontos, o suficiente para colocar o indicador mais uma vez acima do nível dos 50 pontos. O indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais acima de 50 pontos, maior é a confiança; quanto mais abaixo, maior a desconfiança.
“A sondagem de abril coincidiu com um noticiário político extremamente negativo, mas também com a liberação de recursos do FGTS, a aceleração do ritmo de queda dos juros e o arrefecimento da inflação, que contribuem para abrandar o quadro recessivo”, explica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “Esse contraste explica, em parte, a dificuldade de o indicador consolidar-se acima do nível neutro.”
O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses.
Crescimento
O Indicador de Expectativas, que serve de termômetro para avaliar o que o empresário aguarda para o futuro, apresentou uma leve variação positiva em abril na comparação com março: 61,9 pontos em abril, ante 61,2 pontos em março.
Quase a metade (48%) dos micro e pequenos empresários estão, de algum modo, confiantes com o futuro da economia brasileira. Quando essa análise detém apenas a realidade da sua empresa, o índice é maior e chega a 56% dos empresários consultados. O percentual de pessimistas com a economia e com os negócios é de 19% e de 11%, respectivamente.
A confiança dos empresários no desempenho da economia, entretanto, não é explicada na maior parte dos casos: 44% empresários que se dizem confiantes para os próximos seis meses dizem não saber a razão de seu otimismo, apenas acreditam que coisas boas irão acontecer. Essa também é a principal razão para quem está otimista com o futuro de suas empresas, com 33% de citações. Entre os que estão otimistas com a economia, há também 22% de entrevistados que observam sinais de melhora no cenário macroeconômico. Entre os que vislumbram um futuro positivo para suas empresas, 25% enxergam a boa gestão do próprio negócio como um fator de estímulo.
A maior parte dos empresários acredita que o faturamento das suas empresas deverá crescer nos próximos seis meses (45%) ou se manter estável (41%) – apenas 8% que acreditam que suas receitas cairão. Entre os que esperam crescimento, 31% não sabem apontar a razão do otimismo, enquanto 24% creditam a melhora à busca de novas estratégias de vendas e 15% afirmam ter melhorado a gestão da empresa.