Os números finais do Censo 2022 divulgados na quarta-feira, 28, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam que Jales foi a cidade que menos cresceu entre as cinco maiores da região noroeste paulista desde o último recenseamento há 12 anos. Como a prévia divulgada em dezembro já havia informado, a população da cidade chegou a 48.776 pessoas, o que representa um aumento de 3,75% em comparação com o Censo de 2010.
O crescimento de Jales também foi menor que o registrado sobre a população paulista – aumento de 7,65%, chegando a 44.420.459 habitantes, e do Brasil – aumento de 6,45%, chegando a 203.062.512. No ranking de população dos municípios, Jales está na 138ª colocação no estado; na 259ª colocação na região Sudeste; e na 665ª colocação no Brasil.
SEM ENTREVISTA
Ainda segundo o Censo 2022, Jales possui 22.468 domicílios, o que representa um aumento de 22,41% desde o último Censo, em 2010. Desses, 85% (19.080) estavam ocupados na época do recenseamento e 413 ficaram sem entrevistas.
O IBGE classifica como “sem entrevista” o domicílio particular permanente que estava ocupado na data de referência, porém não foi possível realizar a entrevista no momento da visita, por motivo de ausência do morador ou recusa.
Cada domicílio ocupado tem média de 2,55 moradores, o que em tese deixaria de fora da contagem nada menos que 1053 jalesenses. Mas, o coordenador do Censo 2022 em Jales, José Vitorino de Souza, explicou que o IBGE aplica a esses municípios a média geral dos outros domicílios onde foi feita a entrevista. “O raciocínio é correto, mas o IBGE já incluiu esses domicílios na contagem”.
Entre as cinco maiores cidades da região, Santa Fé do Sul foi a que mais cresceu no período,19,0%, chegando a 34.794 pessoas. Fernandópolis cresceu a metade, 10,03% e chegou a 71.186 habitantes. A população de Votuporanga aumentou 14,1% e chegou a 96.634 pessoas.
A nossa capital administrativa, São José do Rio Preto também registrou um aumento populacional significativo. chegou a 480.439 habitantes, o que representa um aumento de 17,68% em comparação com o Censo de 2010. Araçatuba chegou a 200.124 pessoas, um aumento de 10,21%. Catanduva aumentou de 2,63% chegou a 115.785 pessoas.
OUTRAS CIDADES
Estrela d’Oeste chegou a 9.417 habitantes no Censo de 2022, o que representa um aumento de 14,73%. Ilha Solteira cresceu 1,94% e chegou a 25.549, Mirassol aumentou 17,74%, chegando a 63.337 pessoas. Ouroeste chegou a 10.294 moradores, o que representa um aumento de 22,47%. Tanabi cresceu 5,03% e chegou a 25.265 habitantes.
PEQUENAS
Entre as pequenas da região, Rubineia foi a que mais cresceu, 33,93% em 12 anos, chegando a 3.833 habitantes, segundo o Censo de 2022. Aspásia chegou a 1.842 pessoas, o que representa um aumento de 1,82% em comparação com o Censo de 2010. Dolcinópolis chegou a 2.207 moradores, um aumento de 5,3%; Paranapuã chegou a 4.031 pessoas, o que representa um aumento de 5,66%; Pontalinda chegou a 4.127 pessoas, um aumento de 1,3%; Santa Albertina (SP) chegou a 6.393 pessoas no Censo de 2022, o que representa um aumento de 11,71%; Santa Salete chegou a 1.645 pessoas, um aumento de 13,68%;
Santana da Ponte Pensa chegou a 1.670 pessoas, o que representa um aumento de 1,77%; Três Fronteiras chegou a 6.804 pessoas, um aumento de 25,37%; Vitória Brasil chegou a 1.794 pessoas, o que representa um aumento de 3,28% em comparação com o Censo de 2010.
ÊXODO
Por outro lado, algumas cidades perderam habitantes nos últimos 12 anos. É o caso de Turmalina cuja população chegou a 1.669 habitantes depois de uma queda de -15,62%. Foi a maior queda da região, segundo o Censo do IBGE. Aparecida d’Oeste caiu -8,18% e chegou a 4.086 habitantes; Auriflama perdeu 3,59% da população e caiu para 13.692 pessoas; Dirce Reis caiu -4,09% e chegou a 1.620 pessoas; Urânia chegou a 8.833 pessoas, o que representa uma queda de -0,03%; General Salgado caiu -3,35%, chegando a 10.312 habitantes; Palmeira d’Oeste teve uma queda de -7,11% e chegou a 8.903 pessoas; Populina caiu -2,27% e chegou a 4.127 pessoas; São Francisco caiu -6,84% e chegou a 2.602 pessoas.
ESTAGNAÇÃO
Os dados do Censo mostram que o crescimento populacional de Jales esteve estagnado, não apenas nos últimos 12 anos (intervalo do último Censo, em 2010) mas no período abrangido pelos dois censos anteriores, 2021 e 1991.
Segundo esses Censos, em 1991 Jales tinha 45.956 habitantes. Subiu para 46.186 em 2000, e 47.012 em 2010.
Comparativamente, é possível ver que o crescimento populacional de Santa Fé do Sul esteve numa ascendência no mesmo período. Em 1991, a vizinha cidade tinha 23.110. Em 2000, subiu para 26.512 e em 2010 chegou a 29.239. Ou seja, enquanto a população de Jales aumentou apenas 1056 habitantes em quase 20 anos, no mesmo período a de Santa Fé do Sul ganhou 6.129, ou quase seis vezes mais.
O IBGE informou que em Jales residem 132,34hab/km². Densidade demográfica maior que Fernandópolis que tinha 129,48 habitantes por quilômetro quadrado; mas menor que Santa Fé do Sul que tinha 168,46 habitantes por quilômetro quadrado. Em 2021, o salário médio mensal era de 2.2 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 28.6%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 347 de 645 e 158 de 645, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 1571 de 5570 e 605 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 28.2% da população nessas condições, o que o colocava na posição 519 de 645 dentre as cidades do estado e na posição 5001 de 5570 dentre as cidades do Brasil.