Sábado, Novembro 23, 2024

Cada dia mais pensando em produtos ecológicos para o bem do planeta

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Com o crescimento da preocupação pelo meio ambiente em todas as esferas da sociedade, cada dia que passa mais se ouve falar sobre sustentabilidade. A população vem ficando muito mais ciente dos impactos negativos da degradação dos ecossistemas presentes no planeta, e consequentemente cresce um sentimento de que produtos e serviços menos poluentes possuem um maior valor comparado aos que poluem sem se preocupar com o futuro do planeta.

No mundo dos negócios a ideia altruísta, de manter o planeta conservado para que as gerações futuras possam usufruir da mesma forma dos recursos naturais existentes, vem sendo captada de forma de positiva e nas últimas décadas as empresas vêm trabalhando em cima de seus processos para reduzir o impacto no meio ambiente através de inúmeras estratégias como: reaproveitamento de resíduos, tratamento eficaz de efluentes, logística reversa, redução do consumo de energia elétrica, neutralização de emissões de carbono para atmosfera.

Incentivando a sustentabilidade 

Uma excelente forma de incentivar as empresas a desenvolverem iniciativas de melhoria de processos para uma realidade mais correta ambientalmente são os prêmios de sustentabilidade que existem no Brasil e no mundo.

Muitos surgiram após o apelo global pela conservação do meio ambiente, como foi com a criação do Prêmio Expressão de Ecologia que surgiu em 1993, logo após a Conferência Mundial de Meio Ambiente no Rio de Janeiro – Eco 92, esse prêmio em questão surgiu com o intuito de incentivar o desenvolvimento de ações ambientais nas empresas da região Sul através da premiação das empresas vencedoras e divulgação de seus projetos.

Grandes empresas como Klabin, Engie Brasil Energia e BRF, colecionam troféus que conquistaram ao longo das 27 edições do prêmio. Este é um dos maiores prêmios da temática de sustentabilidade do Brasil e devido a isso carrega um grande peso que as empresas se beneficiam usando em sua estratégia de marketing verde.

Outro grande prêmio incentivador do desenvolvimento sustentável nas empresas é o Prêmio ECO. Foi criado em 1982 pela Amcham com o objetivo de reconhecer as empresas que adotam práticas sustentáveis ao nível nacional, em quase quatro décadas de realização a iniciativa já mobilizou mais de três mil projetos de sustentabilidade em empresas nacionais e multinacionais presentes no país.

O objetivo pela diminuição do carbono na atmosfera

A crescente preocupação com as consequências do aquecimento global também tem despertado nas empresas a necessidade de propor soluções para neutralizar suas emissões de CO² e demais gases poluentes que contribuem para intensificação do efeito estufa. Cada vez mais as empresas vêm trabalhando em cima de seus processos de produção para reduzir ao máximo a emissão de CO² para atmosfera.

Através do monitoramento de toda a cadeia produtiva do negócio, profissionais especializados fazem o cálculo de quantas toneladas de carbono são emitidas pela empresa, e com o resultado em mãos as companhias podem procurar métodos de compensação de suas emissões como plantio de árvores e até a compra de créditos de carbono. 

Geralmente os créditos de carbono vêm de instituições que fazem a recuperação de florestas e mares, e vendem seus créditos adquiridos para empresas devedoras gerando preservação do meio ambiente e redução dos impactos climáticos.

Algumas empresas cientes do rápido crescimento das emissões de carbono na atmosfera, e do possível quadro irreversível que isso pode atingir, já atribuíram metas ainda mais ousadas sobre a emissão de gases de efeito estufa. No Brasil temos o grande exemplo da Suzano, empresa do ramo de papel e celulose, que já é carbono negativo, uma denominação dada para empresas que sequestram mais carbono do que emitem contribuindo fortemente para redução do aquecimento global. 

Além disso, a empresa já está comprometida em desenvolver produtos de origem renovável a partir do plantio de árvores que poderão ser substitutos de produtos a base de plásticos e derivados de petróleo.

 

A preocupação em reduzir a pegada ecológica causada pelas emissões de carbono não se limita ao Brasil. A Microsoft, segunda maior empresa do mundo em uma classificação de valor de mercado, se comprometeu em se tornar carbono negativo até o ano de 2030, e como se não fosse suficiente ainda estabeleceu uma segunda meta de sequestrar todo carbono que já foi emitido pela companhia até o ano de 2050, visto que a empresa foi fundada em 1975 temos um grande ganho ambiental atrelado a essas metas e investimentos na ordem dos bilhões. 

Sustentabilidade na indústria textil

A poluição gerada pelos processos produtivos não se restringe somente a atmosfera também podendo prejudicar recursos hídricos e solo. Os recursos hídricos são um dos nossos bens mais preciosos por isso muitas empresas tem se preocupado em otimizar seus processos para reduzir o consumo de água, reutilizar aquilo que for possível e também tratar seus efluentes para que esses não venham a contaminar os cursos d’água onde são despejados.

A indústria têxtil é uma das que mais consomem água em seu processo produtivo. Desde o plantio de algodão até a chegada da peça nas lojas para venda muitos litros de água são consumidos no processo. Já parou para pensar em quantos litros de água uma roupa consome em toda sua vida útil?

Um estudo realizado pela Vicunha Têxtil em parceria com o Movimento ECOERA fez o mapeamento do consumo hídrico gasto por uma calça jeans no Brasil, o estudo revelou um gasto médio de 5.196 litros de água por calça, desde o plantio da matéria-prima até suas lavagens durante o uso.

Os consumidores cientes do potencial poluidor da indústria da moda tendem a buscar produtos mais ecológicos, e consequentemente as empresas do setor têxtil tem adotado práticas mais sustentáveis na produção de suas peças.

Um grande exemplo é a empresa Damyller que inovou em seu processo de lavagem do jeans utilizando máquina de ozônio que reduz o número de sessões de lavagem do jeans economizando água. Hoje a empresa produz calça, jaqueta, macacão e várias outras peças de roupas, tudo de forma ecológica, pensando no futuro do País.

A empresa mostrou que de maneira sustentável é possível criar peças de roupas que agradam muito o público tanto masculino quanto feminino como é o caso da jaqueta jeans feminina curta que é um sucesso entre as mulheres.

A empresa adotou o sistema de clareamento das peças através de máquinas a laser que fazem esse tipo de acabamento nas peças sem o uso de água e muito mais rápido, economizando água, energia e sem o uso de produtos químicos.

O caminho para a sustentabilidade é uma via de mão dupla, onde fornecedores e consumidores levam consigo a busca por um meio ambiente preservado, em uma cobrança mútua pela melhoria contínua do uso dos recursos naturais.

 

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