Domingo, Novembro 24, 2024

Autoridades se mobilizam para evitar epidemia de Dengue na cidade

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Uma epidemia de Dengue poderá ser registrada em Jales. A Vigilância Epidemiológica, através da Secretaria de Saúde divulgou o boletim que mostra o número de casos de  Dengue registrados na cidade e o resultado da Avaliação de Densidade Larvária (ADL), realizado a cada três meses e apresentado no mês passado.

De acordo com a profissional de Informação, Educação e Comunicação da Secretaria de Saúde, Vanessa Luzia da Silva, de julho de 2014 a 4 de março de 2015, 543 casos da doença foram notificados, 139 casos positivos autóctones e 11 casos positivos importados foram confirmados. Para ser considerada epidemia, é necessária a confirmação de 150 casos autóctones. “Vale lembrar que apesar de ainda não ser considerado um município em epidemia, os números em Jales estão altos e preocupantes”, disse Vanessa.

A Densidade Larvária do Aedes Aegypti, mosquito que transmite a Dengue, também preocupa e deve colocar a cidade em alerta. O índice apresentado foi de 2%. Ele é obtido a partir do cruzamento do número de larvas encontradas em cada imóvel com a incidência de casos confirmados na região visitada por agentes de saúde. O Ministério da Saúde considera a situação como de ‘alerta’.

Através dos dados obtidos na avaliação é possível redirecionar ou até mesmo intensificar medidas e estratégias de controle das larvas do mosquito aplicadas pelo setor de Saúde.

Vanessa frisou que o trabalho de combate à dengue não para na cidade. “Além do trabalho de nebulização constante, os agentes comunitários de saúde e de endemias continuam visitando e vistoriando as residências. A participação da população é considerada fundamental para a vigilância da doença, já que muitas das ações efetivas dependem da participação de cada um, e o controle e prevenção só poderão ser alcançados com o apoio de todos”, finalizou.

A Secretária Municipal de Saúde, Nilva Gomes, ressaltou que “continuamos realizando vistorias, aplicando inseticidas nas casas em casos suspeitos e orientando a comunidade no sentido de prevenir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, para que possamos combater esse mal que atinge a população e pode levar a morte”. Nilva lembrou ainda que ações como os mutirões de limpeza, inspeções em residências e terrenos, manutenção e limpeza de praças, além do Projeto Cidade Limpa para recolhimento do lixo nas casas foram realizados. Vale ressaltar que 80% dos focos onde o mosquito é encontrado estão no lixo acumulado nas residências e terrenos.

Avaliação

Durante o processo de Avaliação de Densidade Larvária são coletadas amostras em imóveis escolhidos aleatoriamente em todas as regiões da cidade. Os resultados obtidos geram o Índice Breteau (IB), um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nos locais vistoriados e que permite saber em quais regiões da cidade há maior risco de transmissão da dengue. O índice de tranquilidade, com condições satisfatórias é inferiores a 1%. De 1% a 3,9% a situação é de alerta. Superior a 4%, há risco de surto de dengue. 

Callado reinstitui Comitê Municipal de Mobilização e Combate à Dengue

A secretária Nilva, falou com a equipe de A Tribuna e deu uma boa notícia. Além da Sala de Situação de Dengue, instituída em Jales por exigência do Governo do Estado e que tem feito um excelente trabalho na cidade, o prefeito Pedro Callado acaba de reinstituir o Comitê Municipal de Mobilização e Combate a Dengue que será presidido pelo ex vice-prefeito da cidade, Clóvis Viola. De acordo com Clóvis, que presidiu por 8 anos o Comitê, os próximos passos serão a constituição do grupo que ficou inativo durante os últimos dois anos, agendar reuniões para a próxima semana e entrar em contato com clubes de serviço e entidades assistenciais de Jales para pedir apoio e a colaboração no combate à Dengue e também a uma possível epidemia.

“Quando aceitei o convite do prefeito Pedro Callado eu pedi para que o Poder Público fizesse a parte dele, limpando ruas, avenidas, canteiros, calçadas, praças e prédios públicos. Temos que dar o exemplo para poder cobrar da população medidas eficazes de combate à proliferação do mosquito transmissor da doença. Após esse trabalho, com o apoio de clubes de serviços, entidades e de pessoas que sempre vestiram a camisa, vamos iniciar o trabalho de conscientização da população”, finalizou Clóvis. (D.Z.).

Regiões Afetadas

Em Jales, os bairros mais afetados foram o Jacb, Arapuã, Novo Mundo, Vila Maria, Santo Expedito e parte do Centro com 2,8% do índice larvário, seguido de Centro, Oiti, Jardim Monterrey, Jardim do Bosque e Eldorado com 1,4% e Vila Elizabeth, Trianon, América, São Judas, Paraíso, Roque Viola e COHAB Dercílio com 1,8%. Acima de 1% já é considerado como probabilidade de epidemia.

 

Saúde realiza capacitação sobre dengue e febre Chikungunya

A Secretaria de Saúde realizou uma capacitação voltada aos profissionais de saúde do município sobre a Dengue e a Febre Chikungunya, doenças transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes Aegypti. A atividade aconteceu no Centro de Estudos da Santa Casa de Jales.

Foram abordados os aspectos clínicos das infecções para o diagnóstico diferencial das doenças, manejo clínico, bem como a assistência e acolhimento aos pacientes, identificação e monitoramento de casos suspeitos. As orientações foram ministradas pelos palestrantes dr. Maurício Favaleça, médico infectologista do Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento – SAE/CTA, dr. Adelson Mariano de Brito, médico da Vigilância Epidemiológica Municipal, a profissional de informação, educação e comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Jales, Vanessa L. da Silva Tonholi e a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Patrícia Albarelo.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Nilva Gomes Rodrigues, “apesar de ser uma doença menos fatal que a dengue, a febre por Chikungunya é transmitida pelo mesmo mosquito e tende a desencadear grandes epidemias pelo país, ficando toda cidade vulnerável a transmissão. O modo de diminuir a proliferação é o mesmo para as duas, mas a maneira com que o paciente é tratado será diferente, por isto a importância da qualificação, para que diante de um caso suspeito, o paciente receba o tratamento adequado”. (AssCom PM Jales) . 

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