Até a última quarta-feira, 24 de abril, apenas 5369 pessoas tinham se vacinado contra a Influenza em Jales. O número representa 26,56% do público-alvo, estimado em 21.385 pessoas, entre puérperas, idosos, crianças de até seis anos, portadores de doenças crônicas entre outros. Em todo o país, foram apenas 24,18%. No Estado de São Paulo, foram 24,61%. Em Fernandópolis, a cobertura está um pouco acima da média, mas ainda muito abaixo do almejado. Lá, 31,63% do público-alvo se vacinaram. Em Votuporanga, foram 26,96%; em Santa Fé do Sul, 30,7% e em Rio Preto, 24,12%. Os números são públicos e estão disponíveis no monitor nacional da Campanha de Vacinação Contra a Influenza, do Ministério da Saúde.
Segundo a enfermeira Renata Forti Rachieli, responsável pelo setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde, o aumento no número de casos de influenza verificado em todo o país nas últimas semanas é consequência das baixas coberturas das campanhas de influenza dos últimos anos. No sábado passado, dia 13, quando foi realizado o Dia D de Vacinação Contra a Gripe, apenas 300 pessoas procuraram a imunização durante todo o dia.
“Não é o único motivo, mas com certeza é um deles. Muitas coisas contribuem para circulação do vírus, mas com o aumento de pessoas suscetíveis, aumenta o número de pessoas infectadas e doenças respiratórias se espalham muito rapidamente. No meu ponto de vista, [a baixa cobertura vacinal] é sim um dos fatores mais importantes, principalmente para as pessoas do grupo prioritários, que podem evoluir para casos graves da doença”.
A secretária de Saúde, Nilva gomes Rodrigues de Souza, acrescenta que a época do ano (outono/inverno) já é propícia para o aumento no número de casos de síndromes gripais e doenças respiratórias em geral.
Ela confirmou que houve um aumento da demanda nos ESFs do município, mas ressalvou que não é possível especificar a variação.
“Sim, houve um aumento no número de atendimentos nas unidades com sintomas gripais. Mas não temos como mensurar a quantidade de casos confirmados de gripe, pois não é uma doença de notificação compulsória. Aliás, o Ministério orienta que não façamos a notificação. Quando se trata de casos mais graves, enviamos para a Santa Casa que é quem faz a notificação”.
Entre o início de abril e a última quinta-feira, 25, o município registrou 8 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Na quarta-feira, 24, a Santa Casa informou que havia um paciente internado com H1N1. No dia seguinte, o administrador do hospital, Rafael Carnaz Prado, disse que o cenário tinha mudado de um dia para o outro. “Temos mais três internações em isolamento, totalizando quatro pacientes, dos quais, três com sintomas gripais”.
Em relação aos atendimentos, Rafael informou que houve um aumento de cerca de 13% no número de atendimentos na primeira quinzena do mês de abril, em relação a primeira quinzena de março. Porém, o número ainda era 2% abaixo do número de atendimento da primeira quinzena de abril do ano passado.
“Mas a gente observou que o nosso tempo de atendimento aumentou bastante, embora mais ou menos a mesma quantidade de atendimento, os pacientes têm ficado mais tempo em atendimento (talvez por conta de hidratação)”.
PREVENÇÃO
Além da vacinação, Renata Rachieli frisa que a prevenção é semelhante à que foi adotada durante a pandemia do novo coronavírus e que é de amplo conhecimento da população, como evitar aglomerações, usar máscara se tiver sintomas gripais, manter distância de pessoas que estejam tossindo e espirrando.
UPA atendeu mais de 7 mil pessoas até o dia 21
Durante a Sessão Ordinária de segunda-feira, o vereador Rivelino Rodrigues revelou números fornecidos pelo diretor administrativo do Consirj (que administra a unidade), José Roberto Pietrobon, sobre os atendimentos. Entre o dia 1º e 21 e abril, foram 7.103 atendimentos. Uma média de 338 atendimentos diários. Destaque para os dias 16, quando foram feitos 402 atendimentos; dia 17 quando foram feitos 437 e dia 18 quando foram feitos 423 atendimentos.
Votuporanga registra mais um óbito por dengue
Enquanto, a influenza atormenta a população e lota os postinhos e UPAs, a dengue continua ativa. A Secretaria da Saúde de Votuporanga confirmou na manhã de segunda-feira a quinta morte por dengue na cidade em 2024.A paciente era uma idosa de 85 anos, que morava no bairro Vila Marin. Ela morreu no dia 6 de abril, mas a informação foi divulgada somente nesta semana. Votuporanga já registrou 2,6 mil casos de dengue neste ano até a última atualização. Em todo o noroeste paulista, são quase 20 mil casos e 19 mortes por dengue. Uma delas na vizinha São Francisco.