“O homem é um animal político”. A máxima de Aristóteles foi inspiração para uma reflexão durante a 3ª edição do Café Filosófico dos Colégios Anglo de Jales e CooperJales Objetivo, organizado pelo professor de filosofia Wilie Schio Barbosa, com a participação dos alunos dos dois colégios.
O evento foi realizado no dia 9 de outubro, na Câmara Municipal de Jales e contou com a presença do sociólogo e professor Dr. Carlos Antonio Gomes, mestre e doutor pela Unicamp, coordenador de Projetos Educacionais Fundunesp; do advogado Carlos Alberto Expedito de Brito Neto, atual Conselheiro Estadual da OAB, Presidente da Comissão de Controle Social de Gastos Públicos da OAB, Coordenador do Fórum da Cidadania de Instância Comunitária da Sociedade Civil de Jales, além do professor de geografia Herivan Ximenes, professor da rede particular de ensino, os quais trataram conteúdos relacionados à Reforma Política no Brasil.
Os principais aspectos discutidos pelos debatedores foram a definição do sistema eleitoral, financiamento de campanhas, coligações partidárias, cláusula de barreira, voto obrigatório, bem como o sistema democrático brasileiro representativo e formal, educação e cidadania, além de determinadas mazelas sociais, como a corrupção em diversas esferas do poder e da sociedade.
Os palestrantes enfatizaram a atual conjuntura do processo democrático brasileiro, destacando a necessidade de união e de uma reformulação que mobilize a sociedade, no sentido de ativismo e conscientização social e política, superando uma democracia de “fachada” e atrasada, que conta com inúmeros “politiqueiros” que visam à perpetuação de poder e à continuidade das manobras de interesse particular.
Ainda na programação do Café Filosófico, os integrantes da Banda Bermuda Branca e também alunos do Colégio Anglo de Jales, Heitor Soler Santiago e Gabriel Vilar Cassimiro tocaram e cantaram as músicas: Que País é Este? (Legião Urbana) e Inútil (Ultraje a Rigor).
Os jovens estudantes também formularam perguntas a respeito do tema proposto. Antes de encerrar o encontro, os debatedores ministraram palavras de esperança em relação a Reforma, lembrando que a sociedade não deve ser “idiota” (denominação que se dava na Grécia Antiga às pessoas que não se interessavam ou não participavam de assuntos públicos), uma vez que haveria um retrocesso das conquistas alcançadas nas últimas décadas.