Desde a última quarta-feira, dia 4, os cidadãos que precisarem comunicar o andamento de um crime à Polícia Militar terão que ter em mãos o endereço completo da ocorrência, incluindo, cidade, nome da rua e número aproximado. Sem esses dados, não será possível sequer contar o que está acontecendo. A mudança é consequência do processo de centralização do atendimento via 190 em São José do Rio Preto. O chamado Copom (Centro de Operações da PM) será desativado nas cidades onde funcionava. (veja o cronograma)
Por conta disso, a casualidade típica das cidades pequenas, onde os moradores conhecem os policiais e os policiais conhecem todos os pontos de referência das cidades, não terá mais utilidade. Ou seja, como o atendimento será feito em Rio Preto, o atendente não conhece os meandros da cidade origem e precisará de informações concretas.
“É fundamental ao solicitante responder a algumas perguntas: (Qual o município da ocorrência? Qual o endereço? O que está acontecendo?) ao policial militar que estará atendendo para depois ele prosseguir na coleta dos demais dados, como pessoas envolvidas, objetos, armas e veículos”, explica o comunicado do 16º Batalhão.
Isso significa que as ligações serão recebidas e cadastradas pelo Copom de Rio Preto que fará a coleta dos dados e acionará a sede do Batalhão de Fernandópolis, onde, finalmente, um policial militar fará o despacho de uma equipe até o local informado pelo cidadão.
O sistema começou a valer nesta semana em Votuporanga (dia 2), Cardoso e Riolândia (dia 3), Jales e Santa Salete (dia 4), Populina, Turmalina, Dirce Reis, Vitória Brasil, Aspásia, Mesópolis, Urânia, Dolcinópolis, São Francisco, Pontalinda, Paranapuã, Palmeira d’Oeste, Nova Canaã Paulista, Rubinéia, Santana da Ponte Pensa, Santa Clara d’Oeste, Marinópolis, Aparecida d’Oeste e Santa Albertina (dia 5) e Santa Fé do Sul (dia 6).
Na próxima semana começa a valer em Três Fronteiras (dia 9) Parisi (dia 10) e, finalmente no dia 11, em Américo de Campos e Valentim Gentil.
Segundo o comandante do 16º Batalhão, o tenente coronel Antônio Umildevar Dutra Júnior, “o sistema está sendo adotado em todo o estado como ação de aprimoramento profissional, visando a constância na melhoria do atendimento ao cidadão”.
De acordo com o comunicado, a principal vantagem da mudança é que a operação será feita integralmente por policiais treinados especificamente para o serviço, de maneira que o cadastro da solicitação se torna mais célere e eficiente.
Em entrevista à rádio Antena 102, o comandante do 1º Pelotão da 2ª Cia, Alex Tominaga, responsável pelo policiamento na cidade de Jales, disse que a mudança também é nova para o pelotão, por isso deve trazer alguma confusão no início da implantação. O principal benefício da medida, segundo ele, é que os quatro policiais que eram ocupados no atendimento telefônico irão para o serviço de rua.