A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) lançou nesta quarta-feira (20) um aplicativo para que a população consulte os gastos dos 94 deputados estaduais que integram a casa legislativa. O “Fiscaliza Cidadão” foi desenvolvido sem custo para os cofres públicos por uma empresa de tecnologia.
O APP entrega, em apenas três toques, informações até então consideradas tabus, como: as placas dos veículos oficiais utilizados pelos 94 deputados, a lista de seus funcionários ou os gastos mensais de cada gabinete. Esta é a primeira vez na história que o próprio Parlamento Paulista lança uma ferramenta que possibilita que qualquer cidadão com um smartphone possa conferir os dados dos deputados. A partir de agora, novos dados serão incluídos no dispositivo com atualizações permanentes.
No entanto, os salários dos servidores não estão disponíveis porque uma decisão judicial impede que os rendimentos sejam divulgados nominalmente. O presidente da Alesp, deputado Cauê Macris (PSDB), lembrou que as despesas dos parlamentares já podem ser consultadas por meio do site Transparência, mas o aplicativo traz informações mais complexas. “Nosso intuito [com o app] é dar oportunidade, de maneira simples e descomplicada, a esses dados”.
Macris disse ainda que o aplicativo é um caminho sem volta. A viabilização do Fiscaliza Cidadão foi compromisso assumido pelo presidente durante sua posse, ocorrida no último 15 de março. “A sociedade esperava da Alesp está abertura dos custos. Se queremos reconquistar a confiança das pessoas, precisamos dar o primeiro passo. Acaba aqui esta história de que a Alesp é uma caixa preta”, avaliou.
O jornal A Tribuna tentou contato com a vice-presidente da Alesp, deputada Analice Fernandes (PSDB), para saber a opinião da parlamentar que tem forte atuação em Jales e região, mas sua assessoria informou que a deputada não se encontrava na Assembleia. O pai de Analice, Avenir Fernandes, faleceu no início da semana, em Embu das Artes –SP.
É importante ressaltar que o desenvolvimento do Fiscaliza Cidadão não teve qualquer custo aos cofres do legislativo paulista. Com a abertura de um chamamento público, a Alesp recebeu proposta da empresa WF Fondation que atua na área de tecnologia de informação.