Domingo, Novembro 24, 2024

Hackers invadiram sistema do Hospital de Câncer em Jales e outras unidades

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As unidades de Jales e Fernandópolis do Hospital de Câncer de Barretos, mantidas pela Fundação Pio XII, sofreram um ataque cibernético através da ação de hackers. Segundo o HC, o ataque também aconteceu com todo o sistema do hospital em Barretos – SP e Porto Velho – RO e em unidades de prevenção na terça-feira, dia 27 de junho. A Santa Casa de Barretos, administrada desde 2016 pela fundação responsável pelo Hospital de Câncer, também foi atingida.

O diretor geral da instituição, Henrique Prata, contou que um total de três mil pacientes foram prejudicados. Não foi impossível, segundo Henrique, acessar qualquer tipo de informação nas unidades envolvidas. A instituição pediu ajuda à Polícia Federal e ao Ministério da Saúde para esclarecer o ataque.

Com a invasão, funcionários passaram a trabalhar em formulários manuais, o que deixou o serviço mais lento. No setor de radioterapia nas unidades de Jales e Barretos, cerca de 350 pacientes tiveram os exames prejudicados. Em Jales, cerca de 200 pessoas deixaram de ser atendidas e na unidade Fernandópolis, responsável por realizar exames preventivos, foram 150 pessoas que voltaram para suas casas sem atendimento médico.

Meireava Mendes, que veio de Belém, no Pará, foi uma das prejudicadas. “Cheguei na segunda-feira, às 8 horas, para fazer exames. Com essa situação, fui prejudicada, porque vim de muito longe”.

De acordo com o diretor clínico da unidade Jales, André Luiz Silveira, os hackers pediram o pagamento de uma espécie de resgate de US$ 300 (o equivalente a R$ 995,40, ao câmbio desta terça) por computador, a serem pagos em bitcoins, dinheiro digital usado para compras legais de produtos, mas também para diferentes transações. O valor total do “resgate” ficaria em torno de R$ 2 milhões.

Um crédito comprado no Brasil, por exemplo, pode ser sacado em dinheiro em qualquer parte do mundo ou ser usado na compra de armas e drogas na chamada “deep web” –a internet profunda. Além de serem isentas de cobranças de taxas, as transações são feitas sem a possibilidade de rastreamento.

De acordo com o Hospital de Câncer, as informações dos pacientes estão “seguras e preservadas” através de backups.

O caso foi registrado na Polícia Federal em Jales na tarde da terça-feira. Até a manhã de sexta-feira, dia 30, quando esta edição de A Tribuna estava sendo fechada, o sistema ainda não funcionava 100%, mas o atendimento aos pacientes estava normalizado na unidade de Jales.

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