Fechado há exatos dois anos, depois que a Prefeitura de Jales alugou – em maio de 2015 – o prédio da Casa da Criança para instalação de uma creche, o antigo prédio da desativada EMEI “Antonio Di Bernardo Peres”, no Jardim São Jorge, está se tornando motivo para reclamações da vizinhança. Durante a semana passada, moradores do entorno da escola desativada procuraram a imprensa para reclamar do estado de abandono do terreno onde está instalado o prédio atualmente vazio.
Rose, uma moradora das redondezas, disse que o prédio abandonado vem sendo utilizado para atividades noturnas pouco convencionais. “Eu já reclamei na Prefeitura, mas ninguém toma providência nenhuma. Está se tornando perigoso circular à noite nas proximidades da escola, pois o local está sendo frequentado por usuários de drogas. Eles fizeram um buraco no alambrado e aproveitam a escuridão e o abandono para fumar maconha e até mesmo para praticar sexo. Eu não tenho nada contra a maconha e muito menos contra o sexo, mas deve haver outros locais mais apropriados para esse tipo de atividade”, argumenta Rose.
Ela não é a única a reclamar. Ao seu lado, outra moradora diz que as calçadas do prédio abandonado estão servindo também de depósito para entulhos. “Algumas pessoas sem consciência se aproveitam do fato de o local estar abandonado para descarregar todo tipo de entulho nas calçadas. Claro que isso não é culpa da Prefeitura e sim da falta de educação e de cidadania de algumas pessoas, mas o prefeito precisa tomar alguma providência, pois até animais mortos já foram jogados no terreno da escola”, disse a moradora. Ela ressaltou, também, que, “alguns manos que frequentavam o cemitério à noite estão preferindo, agora, a escuridão da escola; acho que só mesmo dessa maneira para eles frequentarem uma escola…”.
O jornal A Tribuna apurou que o prefeito Flávio Prandi e a secretária de Educação, Lourdinha Marcondes, estudam a possibilidade de fazer uma reforma no prédio e reativar a creche que funcionava no local. “Nós pedimos um estudo à Secretaria de Obras e os engenheiros já nos posicionaram que seriam necessários cerca de R$ 200 mil para deixar o prédio em condições de funcionamento”, disse a secretária Lourdinha. O prefeito Flá confirmou o estudo. “Já conversei com a secretária da Educação sobre esse assunto e a intenção é reativar a creche, até porque nós precisamos abrir mais vagas, mas, evidentemente isso vai demandar alguns recursos financeiros que, no momento, não dispomos, já que teremos de investir um bom dinheiro para terminar a construção da creche do Jardim Maria Silveira, que estava paralisada há quatro anos”, explicou Flá.