Ao que tudo indica, o ex-prefeito Pedro Manoel Callado Moraes continuará firme no propósito de não concorrer a cargos políticos novamente. Apesar dos constantes rumores de supostas candidaturas e de reais convites, o advogado que acaba de tomar posse como procurador geral do município nega veementemente qualquer possibilidade nesse sentido.
“Não são verídicos os rumores de que eu pretenda me candidatar a algum cargo político. Encerrei a minha vida político-partidária e não pretendo me candidatar mais a nenhum cargo eletivo”. A afirmação foi feita pelo ex-prefeito em entrevista á Rádio Assunção logo depois de tomar posse como procurador jurídico do município.
O ex-prefeito se referia á notícia de que o deputado federal Fausto Pinato teria ventilado, durante reunião em sua casa, que o teria convidado para uma “dobradinha” na qual Pinato voltaria a se candidatar a deputado federal e Callado se lançaria a deputado estadual. Se o convite ocorreu, foi recusado.
Em abril de 2014, Callado anunciou em exclusiva ao jornal A Tribuna que encerraria a sua carreira no fim do mandato. “Em 31 de dezembro de 2016, eu encerro a minha vida político-partidária. Nada há de novo, até agora, que me faça mudar de ideia. E nem vai haver. Quero apenas cumprir o meu mandato de vice-prefeito até o final”.
Na época, ele ocupava o cargo de vice-prefeito, já tinha protagonizado uma desavença com a prefeita Nice Mistilides e era cotado para liderar uma chapa de oposição.
Em fevereiro de 2015, logo depois de tomar posse como prefeito por conta da cassação da prefeita, ele voltou a afirmar que sua vida política tinha prazo de validade. “A cultura político-partidária precisa se transformar urgentemente sob pena de o povo rejeitar o estado de direito e a democracia. Minhas limitações, que são muitas, é que revelam minha dificuldade em compreender a lógica político-partidária. Essa dificuldade é que me faz acreditar que tenho data certa para encerrar minha curta carreira como político”.
A pressão para que o juiz aposentado se candidatasse permaneceram até as eleições de 2016 e a sua resistência causou uma rejeição velada ao seu nome dentro do próprio PSDB.
Apesar de reconhecer a pressão, Callado se mantém irredutível. “Não tenho pretensão de fazer carreira política, não sou político profissional, não tenho como prioridade a política. Isso deixa muita gente inconformada, achando que eu deveria ser mais próximo de um político tradicional”.