A história recente da Santa Casa tem sido marcada pelo pioneirismo de algumas ações. Recentemente, foi a primeira da região a realizar transplante múltiplo de órgãos efetuado através de autorização judicial. Na última terça-feira, 18, o hospital realizou a primeira cirurgia de marcapasso definitivo, dispositivo capaz de corrigir determinadas doenças do ritmo cardíaco que reduzem a frequência dos batimentos do coração.
Segundo o médico do corpo clínico do hospital, Dr. Jonathan Scapin Zagatti, Ritmologista e Membro Titular do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, o procedimento é pioneiro na Santa Casa e ocorreu conforme a equipe médica previa. “Para a implantação do marcapasso foi necessária uma incisão em região anterior e lateral do tórax, próximo ao ombro, no qual foi introduzido um eletrodo que vai até o coração onde é afixado em posição ideal com a ajuda da radioscopia. Por fim, o eletrodo é conectado ao marcapasso, que fica alojado em uma cavidade entre a pele e os músculos do tórax”, destacou.
Ainda de acordo com o Dr. Jonathan, o paciente que necessita de um marcapasso tem um coração que pulsa de forma lenta e geralmente apresenta sintomas como tonturas ou vertigens, desmaios, cansaço aos pequenos esforços, falta de ar e inchaço nos membros inferiores que com a implantação do aparelho esses sintomas podem deixar de existir.
Esse tipo de cirurgia leva em torno de duas horas. O paciente tem rápida recuperação e normalmente recebe alta no dia seguinte, retornando a vida normal em 30 dias, apenas com recomendações simples de não sobrecarregar em exagero o membro superior do mesmo lado em que o marcapasso se encontra.
Participaram do procedimento o cirurgião geral Tharso Castilho Gabriel, o anestesista Ricardo Rodrigues Perbelini, a instrumentadora cirúrgica Natália Aparecida de Andrade e o assessor técnico Fernando Souza. Como equipe de apoio esteve presente o cirurgião cardíaco Paulo Henrique Botelho, membro do Hospital de Base de São José do Rio Preto e da Santa Casa de Votuporanga.
A cirurgia foi realizada pelo convênio Unimed, pois a Santa Casa de Jales não é referenciada pelo Sistema Único de Saúde – SUS.