Domingo, Novembro 24, 2024

Índice larvário de Jales é cinco vezes maior que o recomendado

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O Ministério da Saúde recomenda que o índice larvário (número de larvas por 100 imóveis) do mosquito Aedes Aegypti, que transmite a dengue e outras doenças, fique abaixo de 1% das casas visitadas, mas Jales, novamente, extrapolou esse percentual. A última pesquisa feita pelo Setor de Controle de Endemias da Prefeitura de Jales, na segunda quinzena de janeiro, concluiu que de cada 100 imóveis visitados, 5,2 tinham recipientes com larvas do mosquito, ou seja, a quantidade é mais que cinco vezes o limite recomendado.   

O mais grave é que a pesquisa, chamada de Lira (Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti) exclui pontos estratégicos, como borracharias e outros estabelecimentos comerciais. Apenas residências foram visitadas. Os imóveis foram escolhidos por sorteio feito pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) do Governo do Estado  

Apesar disso, os números de casos de dengue em Jales diminuíram em mais de 90%, se comparado com os meses de janeiro e fevereiro de 2016, quando foram registrados 172 casos positivos da doença no município. Neste ano, apenas dois casos foram confirmados. 

Segundo a coordenadora do Setor de Combate de Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde, Vanessa Luzia da Silva, a queda não permite relaxamento nas ações de controle do mosquito. “O grande número de criadouros do mosquito indica que, se a população não ficar vigilante, uma epidemia pode ocorrer a qualquer momento. Então, não podemos nos descuidar”. 

ARRASTÕES

Para evitar que o grande número de larvas se transformem em mosquito transmissor de doenças, o Controle de Endemias está realizando arrastões todos os sábados em bairros pré-selecionados. Um caminhão da prefeitura acompanha o grupo para recolher os recipientes que estivem com as larvas. Em seguida, elas são levadas para exames para constatar se são larvas do Aedes ou do Culex, o conhecido pernilongo.

Neste fim de semana, o arrastão está terminando as visitas aos bairros da região do Jardim Oiti e volta a acontecer no dia 14 de março em local ainda a ser definido. “Tudo vai depender do andamento do arrastão desse fim de semana. Conforme formos acabando uma região, vamos para outra”.   

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