Como era de se esperar, a onda de roubos verificada na cidade no período que compreende os últimos dez dias de 2016 e os primeiros dez dias de 2017, fez explodir as estatísticas desse tipo de crime no balanço anual da Secretaria de Segurança Pública do Estado. De acordo com o relatório divulgad, em 2015 foram registrados 35 roubos em Jales e em 2016 foram 67, ou seja, quase o dobro. O responsável foi o mês de dezembro. Em 2015, apenas um caso foi registrado neste mês, mas em 2016 o número de registros saltou para 12. O aumento é de 1.100%.
Mas o número de furtos também aumentou significativamente, passando de 429 em 2015 para 544 em 2016. Porém, nesse caso, houve redução das ocorrências no mês de dezembro, caindo de 45 em 2015 para 32 em 2016.
O relatório tem como base os números fornecidos pelas Delegacias Seccionais. As estatísticas de janeiro de 2017 ainda não estão fechadas.
PRODUÇÃO POLICIAL
O fator positivo é que a produção policial aumentou em diversos aspectos de um ano para outro. Como por exemplo, o número de armas retiradas das ruas que subiu de 5 em 2015 para 16 em 2016. Aumento de 220%. O comparativo entre os dois anos também mostra que houve aumento no número de prisões em flagrante. Em 2015 foram 119 e em 2016 foram 126. Por outro lado, houve queda no número de prisões por mandado (184 em 2015 e 173 em 2016) e no de inquéritos instaurados (715 em 2015 e 681 em 2016).
BOMBEIROS
A partir de 24 de janeiro a Secretaria de Segurança Pública passou a divulgar as estatísticas de produtividade do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.
A primeira divulgação traz dados de janeiro a dezembro de 2016, com nove indicadores. Serão publicados a cada mês, números de acidentes de trânsito com vítima, acidentes traumáticos, atividades educativas, vistorias técnicas de regularização e desabamento/soterramento.
Além disso, a página “Estatísticas” do site também passará a contar com os seguintes indicadores dos Bombeiros: incêndios em vegetação, incêndios em veículos, incêndios em edificações sujeitas e em edificações não sujeitas ao Departamento de Segurança Contra Incêndio (DSCI). Infelizmente, a página não traz o balanço regional e não é possível saber qual a produção do quartel de Jales.
BALANÇO
Em todo o ano passado, o Corpo de Bombeiros atendeu 108.761 acidentes de trânsito com vítimas em todo o Estado de São Paulo. É uma média de 297 por dia. Houve também 83.539 atendimentos a acidentes traumáticos em 2016.
Os bombeiros também atenderam a 584 ocorrências de desabamento e soterramento – 52% delas concentradas no primeiro trimestre do ano passado, período em que houve uma maior incidência de chuvas.
De janeiro a dezembro, também foram desenvolvidas exatamente 7.000 ações educativas nos municípios paulistas e 133.320 vistorias técnicas de regularização foram realizadas pelo Corpo de Bombeiros.
Em vegetações, foram contidos 30.668 incêndios. Em veículos, mais 7.046 focos foram apagados por bombeiros. Além disso, houve 9.345 incêndios combatidos em imóveis comuns ou unifamiliares, como casas assobradadas e condomínios horizontais.
BICICLETAS
A Secretaria da Segurança Pública lançou nesta terça-feira (24) uma página para consulta do número de série de bicicletas em seu portal (www.ssp.sp.gov.br). Com isso, o cidadão pode verificar a procedência das bikes que tem ou que pretende comprar.
A medida, criada em 6 de setembro de 2016, também permite que os proprietários de bicicletas furtadas ou roubadas consigam localizá-las, caso tenham sido apreendidas pelas polícias Civil ou Militar.
Desde o ano passado, o sistema de Registro Digital de Ocorrências (RDO) já conta com um campo específico para o registro do chassi das bikes. No site, será necessário digitar o número de série da bicicleta. No equipamento, essa informação fica no quadro próximo ao guidão. Caso haja boletim com esse número, a página dará uma das situações: “impedida”, para bicicletas cadastradas como furtadas, roubadas ou extraviadas; ou “apreendida”, para os casos em que a polícia tenha localizado a bike.
Para que o sistema funcione da melhor maneira possível, é importante que as vítimas de crimes registrem boletins de ocorrências, sempre informando o chassi, assim como já ocorre com os números de identificação de celulares.