Segunda-feira, Novembro 25, 2024

V.E. de Jales participa de reunião para barrar Febre Amarela

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Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Rio Preto, Jales, Araçatuba, Araraquara, Barretos, São João da Boa Vista e Ribeirão Preto se reuniram na última segunda-feira, dia 23 de janeiro, em São José do Rio Preto, para discutir o avanço da febre amarela. De acordo com a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, Regiane Cardoso de Paula, serão traçadas estratégias, junto ao Ministério da Saúde, para conter a doença. 

Ainda não se sabe quais serão as ações e nem em quais cidades serão empreendidas. A certeza é de que alguns municípios da região de Rio Preto colocarão ações em prática. A escolha dos grupos que participaram da reunião levou em consideração a proximidade das cidades com a fronteira de Minas Gerais, onde 25 pessoas já morreram de febre amarela. 

“Como o número de transmissões em Minas Gerais é considerável, não podemos deixar de estar em estado de atenção em nenhum momento. As pessoas se deslocam e nós estamos tendo casos importados de MG”, disse a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica.

De acordo com a enfermeira Sandra Voltan, da GVE XXX, representante de Jales na região, “Ainda não é possível falar em endemia, epidemia ou até mesmo surto de febre amarela. Caso a caso está sendo monitorado pelas equipes de Vigilância Epidemiológica”, disse.

Na segunda-feira, 23, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou três mortes por febre amarela em 2017. Um deles é importado de Minas Gerais, com notificação em Santana do Parnaíba. Outros dois são autóctones, ou seja, contraídos no Estado. As vítimas eram moradoras de Batatais e Américo Brasiliense. O número de mortes confirmadas por febre amarela em Minas Gerais subiu para 25, segundo boletim divulgado na sexta-feira, 20, pela Secretaria de Estado da Saúde. Outros 46 óbitos suspeitos ainda são investigados naquele Estado.

Jales está vacinando contra febre amarela

A febre amarela, como o nome revela, é uma doença febril aguda, potencialmente grave, causada por um vírus da família dos Flavivírus, o vírus da febre amarela. O vírus é transmitido pela picada de um mosquito infectado, do gênero Aedes, o mesmo que transmite a dengue. Os sintomas variam desde formas assintomáticas ou pouco sintomáticas, similares a um quadro gripal, até formas graves, potencialmente fatais.

Os sintomas clássicos da doença incluem: febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dores musculares, prostração, náuseas e vômitos. Após três a quatro dias, remissão da febre e melhora dos sintomas evoluindo para cura em cercas de 85% dos casos. Já nas formas graves (cerca de 15% dos casos) dá-se início uma segunda fase com icterícia, instalação de insuficiência hepática e renal, podendo ocorrer acometimento neurológico e coma. A mortalidade é elevada para os que evoluem para essa segunda fase, chegando até 50%.

De acordo com a profissional de informação, educação e comunicação da Secretaria de Saúde, Vanessa Luzia Tonholi da Silva, as unidades de Estratégia de Saúde (ESF) com Salas de Vacinação, estão vacinando para prevenir a febre amarela. A vacina pode ser tomada de segunda às sexta-feira, das 7 às 17 horas nas unidades do Roque Viola, Paraíso, São Jorge, Jacb, Arapuã, Novo Mundo e no Núcleo Central de Saúde.

A vacina é contraindicada para gestantes, quem toma corticóide em altas doses, faz tratamento contra câncer e alérgicos a ovo. Essas pessoas devem procurar seu médico, que avaliará o que deve ser feito. São necessárias duas doses, a segunda dez anos após a primeira. 

“A recomendação é de que as pessoas procurem pela unidade de saúde mais próxima de suas residências, portando a carteirinha de vacinação. Quem tomou a vacina nos últimos dez anos não precisa tomar novamente. Caso tenham dúvidas sobre a atualização da carteirinha, a pessoa deve procurar a unidade de saúde para esclarecê-las”, disse Vanessa.

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