Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Tribunal do Júri de Jales condena acusado de homicídio a 18 anos de reclusão

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O Tribunal do Júri de Jales reuniu-se na quarta-feira, 19, sob a presidência da juíza da 4ª Vara, Maria Paula Branquinho Pini, para julgar Jeferson de Oliveira Pereira, que, ao final foi condenado a 18 anos de reclusão em regime inicial fechado, pelo crime de homicídio triplamente qualificado. A sentença diz ainda que o réu não poderá recorrer às instâncias superiores em liberdade, em face da gravidade do crime e da forma hedionda com que foi praticado.

De acordo com a acusação, entre a noite de 17 de dezembro de 2013 e a madrugada do dia 18, às margens da estrada de terra que liga os municípios de Pontalinda e Dirce Reis, próximo ao recinto da Festa do Peão de Pontalinda, Jeferson, vulgo Jefinho, matou Márcio da Silva Araújo, vulgo Sapinho, com disparo de arma de fogo e golpes de canivete. Ainda de acordo com a acusação, o crime teria sido cometido por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

 Preso alguns dias depois do crime, Jefinho assumiu, em juízo, a autoria do homicídio mas alegou legítima defesa. Segundo sua versão, Sapinho queria comprar uma arma de fogo de sua propriedade e, para consumar o negócio, combinaram de se encontrar no lugar dos fatos. De acordo com a versão do réu, ele teria entregue a arma a Sapinho que tentou mata-lo, mas a arma não disparou. Os dois teriam entrado em luta corporal e o réu recuperou a arma, efetuando um disparo contra Sapinho. Depois, para ter certeza de que a vítima não iria sobreviver para tentar mata-lo novamente, Jefinho golpeou a vítima várias vezes, com um canivete.

A versão do réu não convenceu, no entanto, o Ministério Público, que pediu sua condenação por homicídio triplamente qualificado. Para o MP, Jefinho matou Sapinho por conta de uma dívida que tinha com a vítima, que era traficante de drogas. A existência da dívida foi confirmada por três testemunhas. Acreditando que não seria descoberto, Jefinho ainda compareceu ao velório de Sapinho e só deixou Pontalinda cerca de quatro dias depois do ocorrido. As investigações da polícia, no entanto, o apontaram como principal suspeito do crime. À polícia, Jefinho confessou a autoria de outro homicídio na cidade mineira de Espinosa, na divisa com a Bahia.

Jurados voltam a se reunir na próxima quarta-feira

 O Tribunal do Júri volta a se reunir na próxima quarta-feira, 16, dessa vez para julgar dois rapazes acusados de um assassinato ocorrido em Vitória Brasil. Eles teriam sido os responsáveis pela morte de Marcos Vinícius Machado Silva, o “Chorró”, que desapareceu na noite de 18 de março de 2014. Seu corpo foi encontrado somente oito dias após o crime, depois de os suspeitos terem sido presos e um deles ter apontado o local onde ocultara o cadáver da vítima. 

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