Preparar refeições como café da manhã, almoço e jantar está mais caro para a dona de casa. Além do preço de alguns alimentos estarem lá em cima há algum tempo, o gás de cozinha também sofreu aumento neste mês e está cerca de 12% mais caro.
Na região, em média o botijão de cozinha de 13 quilos –o mais comum entre os consumidores -, que antes era vendido a R$ 56 agora custa R$ 65, reajuste que vale também para os outros tipos de botijão. O de 45 quilos, usado em restaurantes, custava R$ 215 e agora é vendido a R$ 235.
Em Jales, de cinco estabelecimentos comerciais consultados pela equipe do jornal A Tribuna, apenas uma delas já tinha repassado o aumento para o consumidor. Em quatro lojas o botijão de gás, ainda estava sendo vendido, na segunda-feira dia 12, por R$ 55,00. “Acredito que a partir da próxima semana o valor será reajustado em cerca de 10%. Não é possível manter o preço que estamos vendendo, infelizmente”. Outros comerciantes também confirmaram aumento para a próxima semana.
Em uma das lojas o botijão de gás de 13 quilos já estava sendo vendido a R$ 60,00. “Tivemos que reajustar o preço do Gás LP, mais conhecido como gás de botijão, no dia 1º de setembro para acompanhar o aumento que também foi repassado para nós”, informou a proprietária.
Normalmente, o produto tem seu preço elevado apenas nessa época do ano, quando há o dissídio dos trabalhadores do setor. “Estamos repassando para o consumidor o que foi reajustado, apenas. Não estamos embutindo mais nada no preço do botijão de gás. Não temos como segurar o valor antigo”, argumentou o proprietário de uma das lojas consultas pela equipe de reportagem.
O presidente da associação que representa os revendedores de gás em São José do Rio Preto explicou ao G1 que o aumento já estava programado para este ano. “Esse reajuste acontece todo ano em função da data base do dissídio da categoria. Mas esse ano tem acumulado de inflação de 9,5% que será repassado aos funcionários, mas o custo de produção está defasado”, afirma Éder Freitas.
Ele lembrou ainda que é preciso desconfiar de preços mais baratos, geralmente repassados por empresas clandestinas. “É preciso verificar o lacre, a procedência do botijão para não correr riscos”, afirma.
O novo valor deve pesar no orçamento de muita gente. Muitas donas de casa e empresários do setor alimentício não gostaram do aumento. É o caso da empresária Joana Silveira, proprietária da Imperatriz Eventos, que ressaltou que o impacto recai direto no orçamento das famílias e que o reajuste também terá efeito no consumo de alimentos fora do lar. “Infelizmente nós que precisamos consumir gás de botijão sofremos o impacto. As empresas não conseguem manter seus preços e ficam reféns do reajuste, tendo que repassar essa alta. Restaurantes, lanchonetes, buffets, confeitarias, padarias e indústrias que usam o gás para a produção de alimentos também devem embutir o reajuste no valor dos produtos que vendem”.