Com base em denúncias de ex-detentos feitas em 2015, foram investigados e acabaram presos três funcionários do Fórum de Jales, acusados de corrupção. Durante a manhã da quinta-feira, dia 8 de setembro, uma operação comandada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Fernandópolis, com o apoio da Polícia Civil de Jales resultou na prisão dos suspeitos na participação em um esquema que relaxava a fiscalização de dois detentos em regime aberto, ou também conhecido como prisão domiciliar.
Foram presos o chefe do cartório da Vara de Execuções Criminais, F. B., além de A.N. e M. B. S.. Com base no inquérito, o juiz da 2º Vara Criminal de Fernandópolis, Arnaldo Valderrama, expediu mandados de busca e apreensão nas casas dos servidores suspeitos.
A justiça determina que detentos com bom comportamento tenham direito a dormir em suas residências, quando estão em regime aberto. Algumas restrições, como não deixar o estado onde moram, não frequentar bares ou ficar na rua após as 22 horas são estabelecidas. Caso flagrados descumprindo as regras, são obrigados a voltar imediatamente para o regime fechado.
Dois detentos beneficiados pelo esquema que envolveu os funcionários do Fórum de Jales, presos em Fernandópolis, informaram à Justiça que tinham se mudado para Jales. Neste caso, os funcionários do setor de Execução Criminal deveriam repassar os endereços dos dois à Polícia Militar, para que fizessem o monitoramento. Isso não aconteceu.
Embora tivessem informado que moravam em Jales, os detentos continuavam em Fernandópolis, livres do monitoramento policial. Existe ainda a suspeita de que continuavam envolvidos em práticas criminosas. Os dois detentos voltaram para a cadeia, em regime fechado e a DIG de Fernandópolis investiga há quanto tempo o esquema funciona e quantos detentos foram beneficiados.
Os três servidores negam participação no esquema, segundo a polícia. Eles foram enviados para a cadeia de Guarani d’Oeste para cumprimento de prisão temporária.