Os secretários Jorge Pêgolo, da Agricultura, e Carlos Roberto Cardoso da Silva, o Cardosão, da Promoção Social, ambos filiados ao PSDB, foram afastados pelo prefeito Pedro Callado, na sexta-feira da semana passada, dia primeiro de abril, com o objetivo de se desincompatibilizarem de seus cargos para disputar uma cadeira de vereador nas eleições de outubro deste ano. Segundo a legislação eleitoral, pessoas que ocupam cargos de secretário e pretendem disputar cargos no Legislativo devem se afastar com até seis meses de antecedência da data das eleições.
O secretário de Esportes, Ademir Molina, também chegou a ser afastado – pelo menos verbalmente – mas acabou ficando no cargo depois de reuniões com o prefeito Callado, onde deixou claro que não pretendia ser candidato a vereador. Segundo Callado, Molina nem chegou a ser exonerado do cargo. “Na verdade, havia rumores de que os três secretários tinham a intenção de se candidatar e então, para evitar problemas, nós tomamos a iniciativa de afastá-los. O Cardosão e o Pêgolo confirmaram a intenção e já estão sendo substituídos. Já o Ademir nos procurou, esclareceu que não será candidato, e então continua como secretário”, explicou Callado.
O prefeito disse ainda desconhecer os rumores de que Ademir Molina – descontente com o afastamento comunicado pelo prefeito na sexta-feira, na presença da assessora da deputada Analice Fernandes(PSDB), Márcia Mandarini – teria mudado de partido no sábado, saindo do PSDB e ingressando no PP. A informação foi confirmada pelo presidente do PP local, Luiz Henrique Moreira. “O Ademir nos procurou no sábado e assinou sua filiação ao PP”, disse Luiz Henrique, no início da semana. Dois dias depois, no entanto, Ademir teria dito ao prefeito Callado que não havia mudado de partido. Consultado novamente pelo jornal, Luiz Henrique reafirmou que Ademir está filiado ao PP, mas não será candidato a vereador. “No dia 14 o nome dele irá aparecer na relação de filiados do PP entregue à Justiça Eleitoral”, disse o presidente do partido.
Hilário Pupim assume a Agricultura. Rogério Avequi vai comandar a Promoção Social
O prefeito Pedro Callado anunciou, durante a semana, os substitutos de Jorge Pêgolo e Carlos Cardoso, os secretários afastados para disputarem as eleições de outubro. Na terça-feira, 05, Callado apresentou o novo secretário da Agricultura, em cerimônia realizada na sede da Secretaria, na Avenida Paulo Marcondes. O escolhido foi o ex-vereador e ex-prefeito Hilário Pupim, que já tem experiência na pasta. Hilário já foi secretário de Agricultura nos anos 1993 a 1996, na administração José Carlos Guisso, quando ele era o vice-prefeito e respondeu pela Agricultura.
Filiado ao PTB, da ex-prefeita Nice Mistilides, Hilário esteve cotadíssimo para voltar a assumir a Secretaria da Agricultura na administração da petebista, mas seu nome acabou sendo preterido por Nice, que preferiu entregar a pasta à engenheira agrônoma Sandra Gigante. No início de 2013, descontente com o esquecimento de Nice, Hilário deixou o PTB e filiou-se no PSDB. Ele disse ao jornal que encontrou a Secretaria envolta em dificuldades “como de resto, todas as secretarias e as próprias prefeituras, de maneira geral, enfrentam dificuldades; não é fácil hoje em dia ser prefeito ou secretário, mas, com paciência, nós vamos tentar superar essas dificuldades”.
Na sexta-feira, 08, foi a vez de o novo secretário de Promoção Social ser apresentado por Callado. Rogério Braz Avequi, de apenas 31 anos, foi o convidado pelo prefeito para substituir Carlos Cardoso, o Cardosão. Avequi – filho da ex-candidata a vereadora Gisa Cabeleireira – já trabalhou no setor público. Quando ainda era menor de idade, foi “guardinha” da Câmara Municipal. No governo Nice – depois de trabalhar por anos em alguns setores da iniciativa privada, como bancário, comerciário, etc – Rogério assumiu um cargo na Fundação Masaru Kitayama, posteriormente extinta.
Em entrevista radiofônica, logo após tomar posse, Rogério disse que pretende dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo feito por seu antecessor. “É importante ressaltar que o doutor Pedro não impôs nenhuma condição. A única coisa que ele pediu é que eu dedicasse à Secretaria a mesma energia e a mesma atenção que dedico ao meu trabalho na Casa da Sopa”, explicou Rogério.
