Está tramitando na Câmara Municipal e deverá ser votado na sessão dessa segunda-feira, 04, um projeto do prefeito Pedro Callado que aumenta a ajuda financeira mensal que a Prefeitura paga à Auto Viação Jauense Ltda, concessionária dos serviços de transporte coletivo (circular) em Jales. A Viação Jauense é a responsável pelos serviços de ônibus circulares no município, desde agosto de 2009, quando substituiu a Viação Entre Rios Ltda, de Pereira Barreto.
Em junho de 2011, ainda na administração do ex-prefeito Humberto Parini, a Câmara aprovou uma ajuda de R$ 9,2 mil mensais à Viação Jauense. Na ocasião, o prefeito argumentou que a empresa vinha tendo sucessivos déficits com a prestação dos serviços, comprovados através de planilhas enviadas pela concessionária do transporte coletivo. Em sua justificativa, o então prefeito alegou, ainda, que os prejuízos da empresa eram ocasionados, entre outras coisas, pelo transporte gratuito de pessoas idosas que utilizavam as circulares diversas vezes ao dia “para fugir da ociosidade, vindo e voltando ao centro da cidade”.
Em setembro de 2013, já na administração Nice Mistilides, o valor da ajuda financeira foi aumentado para R$ 9,8 mil mensais e, posteriormente, para R$ 13,1 mil, depois que a empresa começou a disponibilizar uma linha entre o Terminal Rodoviário e o Hospital de Câncer. Agora, com Callado, a Prefeitura está propondo um aumento da ajuda para R$ 15,5 mil mensais. Este é o valor do subsídio que consta do projeto de lei 69/2016, enviado à Câmara na semana passada, e que deverá ser aprovado pelos vereadores.
Empresa está pagando indenização à viúva de pedreiro
O déficit mensal com a prestação dos serviços de transporte coletivo em Jales não é a única preocupação da Viação Jauense. Na semana passada, a Justiça de Jales autorizou a empresa a dividir em seis parcelas o valor de R$ 54 mil, referente ao saldo remanescente da indenização devida à senhora M.N.L., viúva do pedreiro autônomo J.S.L., que faleceu em abril de 2013, em um acidente que envolveu um ônibus da Viação Jauense. O pedreiro transitava com sua motocicleta pela Avenida Paulo Marcondes, nas proximidades da Igreja Batista de Jales, quando teve sua trajetória interceptada por um ônibus da empresa.
Em setembro daquele mesmo ano, a viúva ingressou na Justiça com uma ação de indenização, no valor de R$ 362 mil, por danos materiais e morais. Um ano depois, em setembro de 2014, a Justiça condenou a empresa e o motorista do ônibus ao pagamento de indenizações no valor de R$ 4,2 mil, por danos materiais, e mais R$ 86,5 mil, por danos morais. Em janeiro de 2016, o valor da dívida da empresa com a viúva ainda era de R$ 76,5 mil, valor que, na semana passada, quando a Justiça – com a concordância da viúva – autorizou o parcelamento, estava em R$ 54 mil.