Aparecida de Souza dos Santos, uma diabética de 60 anos, é a segunda pessoa a morrer em decorrência da Gripe H1N1 em Jales. Ela era moradora de Vitória Brasil e morreu na sexta-feira passada, dia 18, depois de ficar dez dias internada na Santa Casa de Jales. Além de diabetes, Aparecida sofria de hipertensão e não havia tomado a vacina. A primeira morte causada pela doença em Jales foi um bebê de cinco meses que morreu no último dia 10 depois de ser transferido para o Hospital Padre Albino, em Catanduva.
Segundo a enfermeira sanitarista da vigilância epidemiológica do município, Renata Forti Rachieli, até a última quarta-feira, 23, havia nove casos confirmados e outros seis aguardando resultado de exames, que só devem ficar prontos nos próximos dias.
A enfermeira negou que esteja havendo campanhas de vacinação contra a gripe na região. Ela explicou que o que houve desde quarta-feira foi uma intensificação da vacinação de pessoas que deixaram de tomar a vacina na campanha de 2015. “Está havendo uma confusão por causa de uma notícia publicada na mídia [Diário da Região]. Não está havendo nova campanha de vacinação. É apenas uma intensificação com o excedente do ano passado naquelas pessoas que deveriam ter tomado na época certa e não tomaram”.
Por enquanto, a única campanha prevista é a que acontece em abril em todo o país. “Não temos nenhuma novidade sobre vacinação e a Campanha Nacional está marcada para o período entre 30 de abril e 20 de maio”.
Ainda de acordo com a enfermeira, a vacinação será aplicada apenas nas pessoas do chamado grupo específico de risco, como idosos, gestantes, profissionais da saúde e crianças a partir de seis meses de idade.
Porém, qualquer pessoa pode procurar clínicas particulares para se imunizar. Os preços variam em torno de R$ 90,00, mas o artigo não tem sido encontrado com facilidade em Jales. Alguns moradores têm se deslocado para outras cidades para garantir a vacinação.
Levantamento feito pelo jornal Diário da Região afirma que um a cada dez moradores da Região Noroeste infectados pelo vírus H1N1 morre. Neste ano, 140 pessoas receberam diagnóstico da doença e 15 delas morreram. O número representa 62% das 24 mortes registradas em todo o estado.