A Prefeitura de Jales vai, finalmente, contratar uma empresa para auxiliar no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zica vírus. A abertura da licitação foi publicada no Diário Oficial do Estado de quarta-feira, 24. De acordo com a publicação, o prefeito Pedro Callado autorizou a contratação de uma empresa para executar serviços de nebulização de inseticidas e larvicidas em ações de bloqueio de criadouros do Aedes. O jornal A Tribuna apurou, no entanto, que a contratação deverá durar apenas quatro meses e não poderá custar mais que R$ 162 mil, no total.
Segundo explicou a responsável pela divulgação das ações de combate ao mosquito, Vanessa Luzia da Silva Tonholo, a nebulização que está sendo contratada não é o chamado “fumacê” que era feito antigamente em toda a cidade. “Aquele tipo de nebulização está proibido, em função dos efeitos colaterais causados ao meio ambiente. A nebulização que estamos contratando é essa que já vem sendo aplicada normalmente nas ações de bloqueio”, explicou Vanessa. O bloqueio é uma ação executada na vizinhança dos casos confirmados da dengue e inclui a nebulização de, no mínimo, nove quarteirões no entorno da casa da vítima.
Mas a nebulização não é a única tarefa a ser executada pela empresa que ganhar a licitação. O Plano de Trabalho prevê, ainda, que a contratada deverá realizar também as visitas domiciliares que, atualmente, são feitas apenas pela desfalcada equipe de combate a vetores. “A empresa terá que fazer pelo menos 7.500 visitas domiciliares por mês. Para isso, ela terá que, naturalmente, contratar alguns agentes”, explicou Vanessa. Ela avalia que a ajuda da empresa vai ser importante. “Nossa equipe de combate a vetores deveria ter, no mínimo, 24 agentes de endemias, mas, atualmente, está reduzida a apenas 10 agentes”.
Casos confirmados já passam de 250
Entre o início do mês de julho de 2015 – quando começou o ano dengue – até a quinta-feira, 25 de fevereiro, Jales já contabilizava 254 casos positivos de dengue, dos quais 243 são os chamados casos autóctones, contraídos na própria cidade. Dos 243 casos autóctones, pelo menos 114 foram confirmados nos últimos dois meses. O número poderá ser, no entanto, bem maior, uma vez que os resultados de muitos exames ainda não foram entregues. Até a quinta-feira, a Secretaria de Saúde já tinha contabilizado 1.128 notificações, das quais boa parte ainda não tinha o resultado. Pelo menos 795 notificações foram registradas em 2016.