Se, de um lado, o Serviço de Prontuário e Maternidade da Santa Casa de Jales registrou o nascimento de 1.016 bebês em 2015, de outro lado, o Cartório do Registro Civil de Jales registrou a emissão de apenas 610 certidões de nascimento durante o ano passado. A diferença entre os nascimentos ocorridos na Santa Casa e os registrados no Cartório acontece todos os anos, porque o nosso hospital recebe gestantes de várias cidades da região e os pais têm a opção de registrar os filhos aqui em Jales ou na cidade onde eles moram.
As 610 certidões de nascimento emitidas em 2015 representam um crescimento de apenas 0,49% em relação a 2014, quando foram emitidas 607 certidões. As 610 certidões significam, também, uma média de 1,67 crianças registradas por dia em Jales. Mais uma vez, o número de meninos registrados em Jales, com 320 registros (52,4%) superou a quantidade de meninas, que alcançou 290 registros, ou 47,6% do total de crianças nascidas e registradas na cidade.
Apesar de os meninos serem maioria, tanto a primeira criança nascida em 2015, na Santa Casa, quanto a primeira a ser registrada no Cartório, são meninas. Curiosamente, ambas com o mesmo prenome, embora com grafias diferentes: Sophia Vitória, cujos pais são de Santa Albertina, foi a primeira a nascer na Santa Casa, enquanto Sofia Gabriele foi a primeira a ser registrada no Cartório.
Davi e Ana foram os nomes preferidos em 2015
Entre as meninas, Sofia foi, por sinal, um dos nomes mais escolhidos pelos pais, no ano passado, segundo o levantamento feito por A Tribuna. Mas o nome que teve maior preferência dos pais na hora de registrar suas filhas tem apenas três letras: Ana. Ele estava, no entanto, sempre acompanhado de outro nome. Ana Laura, Ana Júlia, Ana Clara, Ana Alice e até Ana Valentina foram alguns dos nomes escolhidos. Alice, sozinho, foi outro nome que esteve entre os preferidos de 2015. Um dos casos curiosos foi o de um pai que queria registrar a filha com o nome de Cadastra. O Cartório, felizmente, não aceitou que a menina fosse registrada com esse nome.
Já entre os meninos, o nome que fez mais sucesso no ano passado foi Davi. “Sem o ‘d’ mudo”, como fez questão de frisar a moça do Cartório. Somente em janeiro de 2015, quando foram registrados 27 meninos, pelo menos quatro receberam o nome de Davi. Nomes tradicionais, como Miguel, Pedro, Lucas e João também estiveram entre os preferidos. Em alguns casos, em dose dupla: João Pedro, João Lucas e Miguel Pedro.
Falecimentos cresceram 15% em 2015
Enquanto as certidões de nascimento cresceram menos de meio por cento, em relação ao ano passado, o número de certidões de falecimento emitidas pelo Cartório de Jales aumentou substancialmente, passando de 665 em 2014, para 764 em 2015. Ou seja, em 2015, foram emitidas 99 certidões de falecimento a mais, o que significa um crescimento de 14,8%.
O fato de o Cartório local estar registrando um crescimento bem maior de falecimentos do que de nascimentos não significa, no entanto, que a população de Jales esteja diminuindo. Segundo o pessoal do Cartório, o número de óbitos registrados na cidade teria aumentado depois da vinda do Hospital de Câncer. “Quando uma pessoa falece aqui em Jales, a certidão de óbito é registrada obrigatoriamente em nosso Cartório, não importando se a pessoa é daqui ou de outro estado. Então, se a pessoa vem de outra cidade e, por infelicidade, falece em nossa Santa Casa ou no Hospital de Câncer, a certidão é registrada aqui”, explicou a responsável pelo Cartório, Rosimeire Ensides Tomazeli.
Casamentos
continuam diminuindo
O número de casamentos registrados no Cartório do Registro Civil de Jales, em 2015, mostrou uma queda de quase 7% em relação ao ano anterior. Em 2014, foram emitidas 362 certidões de casamento, enquanto no ano passado elas diminuíram para 337, ou 25 certidões a menos. Em 2014, o número de casamentos no Cartório de Jales já tinha caído 10% em relação a 2013, quando foram registrados 399 casamentos. Em dois anos, a queda no número de casais que se dispuseram a oficializar o casamento foi de 15,5%.
Os números divulgados pelo Cartório incluem os casamentos realizados apenas no religioso. São casos em que as pessoas se casam na Igreja e dispõem de 90 dias para regularizar a situação no Cartório. Por outro lado, desde 2013, quando Jales registrou a primeira união civil entre pessoas do mesmo sexo, já foram registradas outras três uniões. Dos quatro casais, três são formados por pessoas do sexo feminino.
O mês de maio, outrora chamado de “o mês das noivas” foi novamente um dos meses que registrou a menor quantidade de casamentos. Em contrapartida, dezembro se consolida como um dos meses preferidos pelos noivos para se casar, uma tendência iniciada há alguns anos. A preferência por dezembro não ocorre apenas em Jales. Em outras cidades, os cartórios já verificaram a mesma tendência. “O décimo-terceiro salário transformou o mês de dezembro no preferido dos noivos. Além disso, tem também o aspecto da economia: as pessoas aproveitam a presença dos parentes para as festas de fim-de-ano e se casam”, explicam donos de cartórios.
Nem sempre, no entanto, é preciso se preocupar com as despesas referentes às taxas cobradas pelo Cartório para emitir a certidão de casamento. Segundo explicou Ademir de Mattis, do Cartório de Jales, “os casais que não possuem condições de pagar o Cartório podem requerer a isenção de taxas, mediante uma declaração de pobreza. Se, mais tarde, ficar constatado que eles tinham condições de pagar, então são notificados a efetuar o pagamento”.