“Teremos, sim, de volta, o futebol profissional em Jales, no ano que vem”. Quem garante é o secretário municipal de Esportes, Cultura e Turismo, Ademir Molina. A declaração enfática foi feita durante entrevista ao programa Rádio Jornal, da rádio Moriah, na última quinta-feira, 12 de novembro.
Segundo ele, falta apenas definir se a equipe de Jales vai disputar uma competição organizada pela Federação Paulista de Futebol (FPF) ou por uma futura Liga Paulista de Futebol, ainda em criação. Por vários motivos, a tendência é que o clube seja filiado à nova entidade. “Hoje, na nossa visão, seria interessante que participássemos do Campeonato Paulista organizado pela Liga”.
Ele explicou que a viagem foi feita a convite de Gislaine Nunes, advogada conceituada no meio futebolístico e líder no movimento de recriação da Liga Paulista de Futebol. Entre seus clientes está Neymar e outros 500 jogadores de toda a América Latina. Na ata de fundação da entidade, Gislaine figura como fundadora.
A nova entidade surge para aproveitar um vácuo deixado pela Federação Paulista de Futebol, que na avaliação de alguns dirigentes esportivos, tem abandonado os times do interior e cobrado taxas excessivas dos clubes. “Para se ter uma idéia, para se filiar um clube na FPF é preciso desembolsar R$ 800 mil. Para se filiar na Liga é preciso apenas R$ 20 mil”.
A burocracia exigida para se regularizar a situação fiscal e financeira do “Jalesense” é muito menor na Liga do que na FPF. Enquanto a Federação exige que Jales apresente uma Certidão negativa de Débito junto à Receita Federal e renegocia a dívida de aproximadamente R$ 300 mil para reativar o CNPJ do antigo Clube Atlético Jalesense, a Liga aprova a criação de um clube novo e com registro novo, portanto, sem pendência alguma. “O CNPJ do CAJ foi extinto pela FPF e exige a sua regularização para aceitar a filiação. Mas a Liga não exige isso. Ela quer um clube novo e eu acho que isso é mais interessante para nós, neste momento. Começaremos sem dívida nenhuma e sem preocupação”.
O prefeito em exercício, Nivaldo Batista, o Tiquinho, lembrou que para que a “Jalesense” voltasse a disputar uma competição pela FPF, seria preciso criar pelo menos 1 mil lugares nas arquibancadas do Estádio Municipal Roberto Vale Rollemberg. “Penso que talvez não dê tempo de reformar a arquibancada, mas essa liga vai fazer concorrência com a Federação Paulista e, com certeza, Jales disputará um campeonato de futebol profissional em 2016”.
Novo time deve aproveitar atletas das categorias de base
A Liga Paulista já organiza um Campeonato Paulista com 40 equipes que disputariam a competição de forma regionalizada para evitar viagens longas e de alto custo. Entre elas, União São João de Araras, o AIA de Araçatuba, o Andradina e o Ilha Solteira.
Além de preencher a lacuna das tardes de domingo sem futebol local, a reativação de uma equipe profissional vai oferecer esperança de futuro profissional para os jovens atletas amadores da cidade e da região. O Campeonato Paulista organizado pela Liga promete ser transmitida pela televisão e contemplar as divisões SUB 16, SUB 18 e a profissional SUB 23, que podem absorver os jogadores do Projeto Grife Team, Apafuj, Projeto Pontal e Escolinha Municipal de Futebol. “Já fizemos reuniões com os dirigentes dessas entidades para acertar os direitos de cada uma das partes, em caso de um desses atletas se destacar e ser contratado por um time grande”.