Tudo indica que, na região de Jales, a greve dos bancários, iniciada na terça-feira, 06, após assembleia geral da categoria realizada na “Praça do Jacaré”, deverá continuar nos próximos dias. Essa era a posição do diretor de imprensa do Sindicato dos Bancários, Carlos José Sacco, o Saquinho, uma vez que, segundo ele, os banqueiros não apresentaram nenhuma contraproposta. Os bancos continuam oferecendo apenas 5,5% de reajuste, mais R$ 2.500,00 de bônus, enquanto os bancários reivindicam quase 16% de reajuste, sendo 9,88% referentes à reposição da inflação do período (agosto 2014 a setembro 2015), e os outros 6% de reajuste real.
Em Jales, estão fechadas desde a terça-feira, as agências do Banco do Brasil (duas), da Caixa Econômica Federal e do Santander. As agências do Itaú e do HSBC de Jales chegaram a ficar fechadas durante um dia, mas seus funcionários retornaram ao trabalho na quinta-feira, 08. Já o Bradesco permanece atendendo normalmente desde o início da greve e não dá sinais de que vá aderir ao movimento. O HSBC, que chegou a ensaiar uma paralisação em Jales, foi comprado recentemente pelo Bradesco, cujos funcionários, historicamente, não participam de movimentos grevistas.
Cerca de 60 bancários de Jales participaram, na terça-feira, da assembleia geral que aprovou a greve por unanimidade. Os bancários avaliam que as negociações, neste ano, serão mais complicadas que as do ano passado, quando eles ficaram 10 dias em greve e obtiveram um ganho de 2% em relação à proposta inicial. “Ocorre que o advogado que negociava pelo Sindicato, agora está do outro lado, representando os banqueiros. Ele conhece as estratégias do Sindicato e, seguramente, isso vai dificultar as negociações”, disse um dirigente sindical.