Terça-feira, Novembro 26, 2024

Tiquinho pode ser reeleito presidente da Câmara de Jales

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O vereador Nivaldo Batista, o Tiquinho (DEM), pode se reeleger presidente da Câmara de Jales em dezembro próximo, interrompendo o revezamento acertado entre os integrantes do G6 para se alternar no comando da Câmara de Jales durante a atual legislatura (2013-2016). 

O acordo já deu a presidência a Perola Maria Fonseca Cardoso (PT), em 2013, Gilberto Alexandre de Moraes (DEM), em 2014, e ao próprio Tiquinho, neste ano. O próximo, segundo esse acordo, seria Júnior Rodrigues (PSB) que presidiria a casa de leis em 2016. Pérola teve seis votos, Gilberto teve oito votos e Tiquinho, que também participou do acordo, foi eleito por unanimidade. 

Interromper essa hegemonia da oposição é o que pretende o grupo de vereadores independentes, mais alinhados com a administração. A intenção é evitar que a Mesa Diretora permaneça nas mãos da oposição ao prefeito Pedro Callado (PSDB) em ano de eleição municipal. O G6 é formado por vereadores ligados ao PT e ao DEM e desde o início do mandato firmaram posição contrária à administração. Além disso, devem lançar candidato próprio em 2016.  

Pelas contas do grupo minoritário, Tiquinho tem garantidos quatro dos dez votos na eleição de dezembro próximo: Claudir Aranda, Fagner Pelarin (Nenê do Pet Shop), Sérgio Nishimoto e Tiago Abra. 

Do outro lado, apoiando a manutenção do acordo, estão os vereadores da oposição: Gilberto Alexandre de Moraes, Pérola Maria, Jesus Martins Batista, Luis Fernando Rosalino e o próprio Júnior Rodrigues.

Se as contas estiverem corretas, e o grupo minoritário votar unido em Tiquinho, o atual presidente teria garantido, quatro votos. Bastando que ele vote em si mesmo para obter um empate e ser proclamado vencedor, já que é o vereador mais votado na última eleição. 

O resultado, porém, pode ser ainda mais favorável, já que há a expectativa de que Jesus Martins Batista, que ocupa cargo de confiança na prefeitura, vote com a situação e não com o seu partido, o DEM. Se isso ocorrer, Tiquinho será eleito sem precisar do seu próprio voto.

À reportagem, Tiquinho confirmou que foi procurado, mas negou que já tenha decidido seu voto. Porém, indicou que teria motivos para romper o acordo. “Eu tenho um compromisso, prometi que iria votar nele e a gente precisa pensar bem, depois de dar a palavra. Mas eles só votaram em mim porque eu ia ganhar de qualquer jeito. Na época, como eles viram que eu tinha o Claudir, o Tiago, o Macetão e o Nishimoto, eles votaram em mim e ficou dez votos favoráveis. Por enquanto, o meu pensamento é votar no Júnior mesmo, honrar com o compromisso. Vamos ver o que isso vai virar. Até lá tem tempo ainda, tá longe”. 

Na tarde de quinta-feira, quando foi procurado pela reportagem, Júnior Rodrigues disse que não sabia da articulação e que ainda acreditava na manutenção do acordo, inclusive com os votos de alguns integrantes do bloco adversário. “O Tiquinho pode ter todos os defeitos do mundo, mas pelo menos homem ele é. Acho que ele vai cumprir esse acordo. Eu acho pouco provável essa situação (reeleição). Eu tenho um bom relacionamento com o Claudir, o Nishimoto e com o Nenê e com eles não vai ter problema, não. Já conversei com eles previamente e eles indicaram que vão votar comigo”.   

Segundo ele, a chapa que o levará à presidência terá espaço garantido para o DEM e o PT e uma cadeira para Claudir Aranda. “Às vezes eu não consigo uma vice-presidência pra ele, mas eu consigo um lugar na mesa”.

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