A guerra declarada entre o servidor aposentado Lauro Figueiredo, o Matogrosso, e o auditor fiscal do município, Ricardo Junqueira, teve um novo capítulo na sexta-feira, 2, quando o primeiro, depois de algum tempo entrincheirado, foi ao ataque novamente e lançou mais uma granada em direção ao desafeto. Naquele dia, Matogrosso protocolou, na Prefeitura, uma representação ao prefeito Pedro Callado, onde pede a abertura de uma sindicância para apurar suposto cometimento de abuso de poder, por parte de Ricardo Junqueira.
Segundo Matogrosso, o auditor teria ameaçado fazer uma devassa fiscal na empresa Guincho JG Ltda, de propriedade do comerciante Luiz Assis de Menezes. O caso, ocorrido há alguns anos, foi parar na polícia, onde o comerciante registrou um Boletim de Ocorrências, e no Ministério Público, onde foi arquivado. Depois do arquivamento pelo Ministério Público, Ricardo foi à Justiça com um pedido de indenização contra seu acusador, o comerciante Luiz, por dano moral. A ação de Ricardo foi, no entanto, julgada improcedente, em decisão do Juizado Especial Cível e Criminal, prolatada em 2014. E é justamente nessa decisão que Matogrosso está se apegando para pedir uma punição administrativa ao seu desafeto Ricardo Junqueira.
Na decisão, além de negar o pagamento da indenização solicitada por Junqueira, o juiz Fernando Antonio de Lima registrou que o auditor teria se valido da condição de fiscal tributário para obter a liberação do veículo de um amigo, que estava depositado na empresa Guincho JG Ltda, sob a ameaça de promover a devassa fiscal, caso o carro não fosse liberado. Segundo a representação de Matogrosso, o auditor não teria ficado apenas nas ameaças. “O representado efetuou fiscalização na empresa, com o escopo de punir o proprietário, conforme depoimento da esposa do comerciante”, diz Matogrosso.
Outro lado:
Para o auditor fiscal Ricardo Junqueira, que se encontra em férias, Matogrosso estaria tentando requentar um assunto que já foi encerrado. “Esse caso já foi investigado pela polícia e remetido ao Ministério Público, que, depois de analisar o assunto, promoveu o arquivamento da denúncia”. Ricardo disse que, assim que voltar das férias, no dia 13 de outubro, vai tentar se inteirar do teor da representação. “Ele só está dando motivo para que eu o processe por danos morais. Assim que voltar das férias, vou registrar um Boletim de Ocorrências, como já fiz no caso do vereador Gilbertão, que também andou fazendo acusações sobre esse assunto na tribuna da Câmara”, disse Ricardo.
