A assessoria do prefeito Pedro Callado confirmou que pelo menos 52 pessoas serão demitidas em função da rescisão de contratos com empresas especializadas no fornecimento de mão-de-obra terceirizada para a Prefeitura. A maioria das demissões irá acontecer na Secretaria de Saúde, onde 40 trabalhadores – vigias e auxiliares gerais de limpeza – já teriam recebido o aviso prévio das empresas. A Secretaria Municipal de Obras também sofrerá baixas com os cortes, que atingirão pelo menos 12 trabalhadores braçais terceirizados daquele setor.
A medida do prefeito é uma das saídas encontradas para conter gastos e enfrentar a crise financeira vivenciada pela Prefeitura de Jales. Ele espera economizar cerca de R$ 2 milhões até o final de seu atual mandato, que vai até 31 de dezembro de 2016. Os vigias, segundo explicou a assessoria do prefeito, serão substituídos por alarmes de segurança. “É bem mais econômico. Nós já estamos até providenciando a abertura de uma licitação para a instalação dos alarmes”, disse o assessor.
Os auxiliares gerais de limpeza, que cuidam da limpeza das unidades de saúde do município, e os trabalhadores braçais – responsáveis, entre outras coisas, pelos serviços de capina em ruas da cidade – deverão ser substituídos por servidores de carreira da própria Prefeitura, que serão remanejados de suas atuais funções. A disposição do prefeito em remanejar servidores de carreira para executar os serviços que são feitos, atualmente, pelos trabalhadores terceirizados, já estaria causando preocupações na Câmara Municipal e no Sindicato dos Servidores.
Os cortes do prefeito Pedro Callado irão atingir os trabalhadores contratados através de duas empresas especializadas no fornecimento de mão-de-obra: a A.C.Periotto Treinamentos e Serviços Ltda, conhecida como “Gestore”, aqui de Jales, e a Esperança Serviços Ltda, com sede no bairro Tatuapé, em São Paulo. Ambas as empresas prestam serviços à Prefeitura desde o segundo mandato do ex-prefeito Humberto Parini. Nos primeiros oito meses deste ano, os serviços da Periotto Ltda já custaram R$ 731 mil ao município, enquanto os serviços da Esperança Ltda custaram R$ 433 mil.
As demissões não deverão chegar, por enquanto, à Secretaria Municipal de Educação, onde existem pelo menos 55 trabalhadores terceirizados, contratados através da empresa Startup Treinamentos e Serviços Ltda. Até o final de agosto, as faturas apresentadas pela Startup, já tinham atingido R$ 850 mil. A explicação para a manutenção dos trabalhadores terceirizados da Educação, segundo um assessor do prefeito, é que os recursos utilizados para o pagamento da empresa contratada são provenientes do Fundeb. “Se não gastarmos o dinheiro do Fundeb, teremos problemas”, explicou o assessor.