Um cavalo vítima de maus tratos foi abandonado na quarta-feira, 9 de setembro, em um terreno localizado na frente das antigas instalações do Frigorífico Jales, próximo ao recinto de exposições da Facip, na Avenida Salustiano Pupim. De acordo com o empresário Eduardo Doninho, que possui uma loja de artigos veterinários e a Rancharia Country, diversas pessoas telefonaram para fazer a denúncia.
Eduardo contou para a equipe de A Tribuna que o animal estava debilitado e aparentava estar muito fraco e desidratado. “Ele ficou na chuva, no sol, sem comer e sem beber água. Algumas pessoas e a ONG Amigo Bicho Jales se mobilizaram e juntos compramos medicamentos, demos água, capim e ração. Também recebemos a ajuda dos veterinários Oraildo Rodrigues Junior e Tiago e aplicamos cerca de 20 litros de soro. Hoje [quinta-feira] vamos precisar aplicar mais 20 litros”.
Para proteger da chuva e do frio, o animal foi coberto durante a noite com toalhas e cobertores cedidos por amigos e voluntários. “Tentamos pedir ajuda de órgãos públicos para recolher o cavalo e levar para algum lugar mais seguro e quente, mas isso só foi possível na quinta-feira, por volta das 7 horas, quando uma pá-carregadeira da Prefeitura transportou até um pavilhão no interior do recinto da Facip, onde ele está sendo bem cuidado pela equipe da ONG Amigo Bicho”.
Segundo Eduardo Rancharia, como é conhecido, o animal já está melhor e terá condições de se recuperar. O cavalo será transportado para o sítio da família da Heloá Borges e Lorrayne Beline –autoras da denúncia-, que adotarão o equino.
Caso o proprietário do cavalo seja identificado, ele poderá ser processado por maus tratos e não vai poder retirar o animal. “Foi o amor das pessoas que se envolveram nesse caso que salvou a vida desse pobre cavalo. A ONG e os voluntários enfrentam diariamente casos absurdos de abandono e ainda lutam com o problema da falta de recursos. A população precisa se conscientizar e saber de suas responsabilidades, pois se fosse dessa forma, nem precisaríamos de ONGs, as pessoas deixariam de abandonar os animais e o ser humano faria o bem, como deve ser”, ressaltou o veterinário Oraildo Junior.