Os vereadores jalesenses – que gastaram cerca de R$ 31 mil em viagens durante 2013, primeiro ano da atual legislatura – deverão chegar ao final de 2015 registrando uma despesa bem menor nesse quesito. Até o final de julho deste ano, os gastos com as viagens dos edis jalesenses tinham alcançado apenas R$ 6,4 mil. De janeiro a julho, eles fizeram somente 13 viagens, algumas delas por conta do processo que culminou na cassação da ex-prefeita Nice Mistilides.
A viagem mais cara deste ano custou R$ 1,1 mil e foi feita pelo vereador Tiago Abra (SD), que foi a Brasília, no início de abril, onde ele esteve solicitando recursos a alguns deputados. Ao deputado Paulo Maluf (PP), por exemplo, ele solicitou R$ 1 milhão para recapeamento asfáltico. Tiago pediu, também, mais R$ 900 mil para o deputado Fausto Pinato (PRB) e R$ 1 milhão para o deputado Sinval Malheiros (PV).
O vereador Claudir Aranda (PDT) também esteve em Brasília no início do ano, para uma visita ao deputado Vicentinho (PT). Ele foi pedir que o deputado petista ajudasse Jales a conseguir a extensão de uma Universidade Federal. Já o presidente da Câmara, Nivaldo Batista de Oliveira (DEM), o Tiquinho, pegou a estrada pelo menos três vezes, todas para São Paulo. Numa delas, ele foi reforçar junto ao subsecretário estadual de Tecnologia, Júlio Semeghini, o pedido de R$ 500 mil para recapeamento asfáltico e outros R$ 200 mil para construção de quiosques para os lancheiros da Praça “João Mariano de Freitas”.
A vereadora Pérola Cardoso (PT) também fez três viagens. Uma das viagens foi a Barretos, onde Pérola foi averiguar denúncias relativas à Casa de Apoio mantida pela Prefeitura de Jales para pacientes do Hospital de Câncer. As denúncias incluíam a falta de alimentação adequada para os pacientes que se utilizavam da Casa de Apoio. Pérola foi também a Hortolândia, onde pediu à deputada federal Ana Perugini (PT) a inclusão de uma emenda parlamentar de R$ 500 mil para o Hospital de Câncer. Pérola esteve, ainda, em São Paulo, onde, juntamente com o vereador Luís Rosalino (PT), trataram da vinda do Instituto Federal para Jales.
As despesas da Câmara com viagens poderiam ter sido um pouco mais elevadas, se a ida de uma delegação de vereadores a Brasília não tivesse sido abortada no meio do caminho. Os vereadores tinham uma audiência com o ministro da Educação, Renato Janine, mas quando já haviam percorrido boa parte do caminho foram avisados de que o ministro teve um compromisso de última hora e não poderia recebê-los. Os vereadores e os demais membros da comitiva, que pretendiam falar com o ministro sobre a vinda de uma extensão da UFSCar, fizeram meia volta e retornaram a Jales.