O provedor da Santa Casa de Jales, José Pedro Venturini, reuniu, na manhã da segunda-feira, 29 de junho, autoridades e representantes da comunidade para apresentar o movimento nacional “Acesso à Saúde – Meu direito é um dever do governo”. Todos os municípios brasileiros foram convidados a aderir ao chamado ‘Dia D da Saúde Municipal”.
Também participaram do encontro a secretária municipal de Saúde Nilva Gomes que representou o prefeito Pedro Callado, o representante da Câmara Municipal, Léo Huber, a prefeita de Vitória Brasil, Ana Lúcia Olhier Módulo, o representante do Fórum da Cidadania, Carlos Alberto Expedito de Brito Neto, a diretora de Saúde de Pontalinda, Rosângela Honorato Gatto, representantes do deputado Itamar Borges, gestores e colaboradores do hospital além de membros da mesa administrativa e representantes da imprensa.
O objetivo do movimento é apresentar para a comunidade a real situação da saúde brasileira e das Santas Casas de cada município, demonstrando que há necessidade de ações governamentais para não deixar que os hospitais entrem em colapso por falta de recursos.
Durante a mobilização, o provedor José Pedro, enalteceu a insatisfação e o descaso do governo com o SUS. “A nossa Santa Casa atende cerca 72% pacientes SUS, e recebemos apenas 40% do que gastamos no atendimento do paciente. Já atendimentos particulares e convênios representam 28% dos pacientes, que correspondem a 43% do nosso faturamento, porquanto, são eles que acabam subfinanciando parte do Sistema Único de Saúde”.
Foram apresentados pelo administrador hospitalar, Valdenis Neves, dados relativos a atendimento, orçamentos, resultado econômico, consequências, crise por falta de repasses, e a situação da Santa Casa de Jales, referente ao Sistema Único de Saúde.
“O nosso hospital é privilegiado, as nossas contas estão rigorosamente em dia, o que queremos é fazer um alerta ao governo, pois falta reconhecimento do trabalho que a Santa Casa vem prestando a comunidade. Entendo que fomos punidos, não sendo reclassificados por não termos dívidas”, ressaltou o provedor.
Ao longo dos anos, a defasagem na tabela do SUS (que cobre apenas 60% do custo real dos procedimentos) e mecanismos de remuneração ultrapassados, produziram um rombo de aproximadamente R$ 17 bilhões entre as entidades. Agora, o próximo estágio desta mobilização nacional será no dia 13 de julho na capital de cada estado e no dia 4 de agosto, com a realização de atos públicos na capital federal, Brasília.