Responsável pela modernização do trânsito na avenida Francisco Jalles na década de 2000, Nilton Suetugo, é a favor da colocação de lombadas eletrônicas (radares fixos) e da transferência dos lancheiros da Praça João Mariano de Freitas (antiga Praça do Jacaré) para o local onde funciona a feira do produtor rural, na avenida Jânio Quadros, conhecido como Comboio.
Engenheiro civil, professor universitário e ex-secretário de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Trânsito de Jales, Niltinho, como é conhecido, é o entrevistado desta semana da TV A Tribuna.
Para ele, a praça deve ser usada pelo público com total liberdade de circulação. Cabe ao prefeito e ao secretário, ainda segundo Niltinho, a tarefa de resolver com habilidade os conflitos que existam entre a população e os demais ocupantes do espaço. “O espaço público de uma praça tem que ser respeitado. A praça tem que ser usada de forma desimpedida pela comunidade. À medida que isso (a ocupação dos espaços) começa a incomodar, e é isso que a gente percebe naquele local, é preciso tomar uma providência. Quando existe a manifestação, esse conflito urbano precisa ser resolvido”.
O engenheiro criticou a falta de condições de higiene dos comerciantes que vendem alimentação na praça e sugeriu que eles sejam levados para um local onde essas condições estão disponíveis para eles. “Eu sempre optei pela colocação desses lanches em um local que tenha as mínimas condições de higiene. Lá onde eles estão não tem condição de higiene nenhuma. Não tem lavatórios nem banheiros adequados para a população. Uma sugestão seria levar esses que não têm autorização da prefeitura para o Comboio, já que lá já existem outros lanches. O Comboio é um espaço bem bacana, com água, banheiros e energia, que poderia estar sendo usado para isso”.
Durante a entrevista, o ex-secretário ressalvou que se trata de medidas muitas vezes impopulares, mas necessárias como forma de prevenção para problemas maiores de ocupação irregular dos espaços públicos.
Foi o que aconteceu em 2000, ano que em que era secretário do governo José Carlos Guisso, quando ele ordenou a retirada dos bancos e dos carrinhos de lanche que ocupavam irregularmente o estreito canteiro central de Avenida Francisco Jalles. Em seguida, proibiu o estacionamento diagonal no centro da avenida. “A gente acaba levando muito tapa na cara, mas eu dizia ao Guisso que se a gente não organizasse naquela hora, em dez anos tudo estaria muito mais bagunçado. Tem que ter peito para enfrentar esses conflitos urbanos e tomar medidas impopulares, porque às vezes você beneficia 1,2 ou 3 em detrimento de 100, 200 ou 300 pessoas que poderiam estar se beneficiando também desses espaços públicos. Tem que ter respeito pelo coletivo e não pelo individual”.
Rotatórias, lanchódromo, semáforos, radar móvel, mobilidade urbana e Cidade Judiciária, são alguns dos assuntos debatidos durante a entrevista. A gravação em áudio e vídeo será publicada a partir desta segunda-feira no site do Jornal www.atribunanaweb.com.br.
Prefeitura vai retirar “Rotatória da Dez” até o dia primeiro
A Prefeitura de Jales já decidiu a data para retirar a rotatória do cruzamento da Rua Dez com Avenida Francisco Jalles. Segundo o secretário de Trânsito, José Magalhães Rocha, até o dia 1º de julho, todo o sistema estará funcionando como antes do governo Nice Mistilides, sem a rotatória.
Os funcionários da prefeitura levarão 4 horas para retirar os obstáculos de demarcação (tartarugas) colocados no centro do cruzamento e retificar a sinalização de solo e aérea. A partir de então, será proibido o retorno no local, seja para os motoristas que trafegam pela Avenida no sentido Rua Oito ou no sentido Rua Doze.
A mudança foi noticiada, com exclusividade, pelo jornal A Tribuna na edição do dia 7 de junho, e foi sugestão do engenheiro Nilton Suetugo, representante voluntário da Prefeitura de Jales no Conselho Municipal de Trânsito (Comutran).