Os profissionais do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Jales e Santa Albertina foram surpreendidos por uma ocorrência inusitada na madrugada desta segunda-feira, dia 11 de maio: o nascimento de uma criança dentro de uma das ambulâncias do serviço na região. A mãe Renata Ribeiro de Souza e a filha que recebeu o nome de Elisa passam bem e já receberam alta da Santa Casa de Jales, para onde foram levados, depois que os procedimentos foram realizados. O pai da criança é o vereador de Santa Albertina, Gilmar Miguel.
A ocorrência começou por volta de 1h30 no Pronto Socorro de Santa Albertina, onde uma moradora daquela cidade, de 31 anos, procurou atendimento para dar à luz seu segundo filho. Percebendo que a situação era urgente, o médico local decidiu enviá-la para Jales, onde teria o bebê.
“Ele acionou a central reguladora do SAMU, que acionou a Santa Casa para reservar uma vaga na maternidade. A mãe foi então trazida na unidade DELTA 07, do SAMU. Na companhia do condutor socorrista Francisco Leonel, e da técnica de enfermagem, Lauriane Costa e Silva”, contou o médico José Fábio Capozzi, do SAMU de Jales.
No meio do caminho, entretanto, os atendentes constataram que o parto estava em pleno andamento e o bebê já estava “coroando”, ou seja, estava encaixado apontando a cabeça.
De imediato, pediram o apoio da USA (Unidade de Suporte Avançado) do SAMU, que foi ao encontro da DELTA 07, onde a mãe era transportada. Porém, na chegada da USA, a equipe já havia realizado o parto.
O bebê nasceu pesando 3,470 e medindo 48 centímetros, tendo recebido nota Dez, a máxima na avaliação de recém nascidos, conhecida pela sigla APGAR. A ocorrência foi finalizada às 1h53.
“Depois dos procedimentos realizados dentro da ambulância, como cortar o umbigo, fazer a verificação dos sinais vitais, aspiração do bebê, mãe e filho foram entregues à Santa Casa de Jales com toda tranquilidade”, disse.
José Fábio Capozzi é um médico experiente. Está no SAMU há quatro anos e atua no Helicóptero Águia há dois, mas se surpreendeu com a ocorrência. “Não é procedimento comum, não. Eu nunca vi isso no SAMU e em dois anos de Águia em São Paulo, vi isso apenas uma vez”.