O juiz da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis deferiu na última terça-feira, 31 de março, o pedido de prorrogação da prisão de três envolvidos na Operação Vulpino da Polícia Federal. Entre eles o ex-prefeito de Fernandóplis, Luiz Vilar de Siqueira, e o ex-assessor jurídico da FEF (Fundação Educacional de Fernandópolis), Paulo Nascimento. Ambos são ex-presidentes da instituição e apontados como responsáveis por diversas irregularidades contábeis que teriam causado um prejuízo superior a R$ 10 milhões. Também foi preso na mesma operação e teve a prisão prorrogada A.M.O. morador de Campo Grande-MS. Com a prorrogação da medida temporária os envolvidos permanecem presos até a meia-noite deste domingo. Vilar e A.M.O. estão presos em Jales e Paulo Nascimento está preso em Guarani d’Oeste.
A decisão foi baseada numa representação da Polícia Federal de Jales que encontrou novos indícios de fraudes na FEF, depois que a Operação Vulpino foi deflagrada, na sexta-feira anterior, dia 27.
Uma Nota à Imprensa distribuída na tarde de terça explica os motivos do pedido. “Depois das prisões, foram localizados documentos que comprovam a prática de outras fraudes cometidas em detrimento da FEF, que ainda não haviam sido identificadas. Além disso, diante da necessidade de realização de novas diligências, análise de documentos, inquirição de testemunhas e acareação entre os presos, a Polícia Federal de Jales representou pela prorrogação da prisão temporária dos indivíduos”.
O delegado chefe da Polícia Federal em Jales, Cristiano Pádua da Silva, confirmou que a Operação Vulpino foi motivada por novas descobertas feitas depois da operação “Bolsa Fantasma”, realizada em dezembro passado. Na ocasião, o então presidente da instituição, Paulo Nascimento, já tinha sido preso. Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos e dois funcionários da instituição foram conduzidos coercitivamente até a sede da PF para prestar esclarecimentos.
“Na ocasião, foi nomeado um interventor judicial que formou uma equipe para analisar as contas da instituição. Com base nas informações levantadas por essa equipe e por outros diligencias, a gente chegou à conclusão de que seria necessário mais alguns mandatos de prisão temporária, apreensão e condução coercitiva. Nos chama atenção no caso da FEF, a enormidade de fraudes que vem sendo cometidas contra a instituição durante vários anos seguidos, trazendo um rombo milionário, sem que ninguém tenha feito nada. Não fica limitado à apenas um tipo de fraude”.
RAPOSA
Segundo o Dicionário Michaelis, Vulpino significa “relativo à raposa ou próprio dela. Astuto, manhoso, traiçoeiro, malicioso”. Na mitologia, Vulpino é um ser vivo. Uma raposa que anda sobre 2 pernas, fala como homem, pensa como homem, seu jeito de vida é como o do homem. A maioria vive em bando. A raposa do filme “As Crônicas de Nárnia é um vulpino”.