Domingo, Novembro 24, 2024

Desarmar os ânimos

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No momento em que chegamos ao final da Campanha da Fraternidade, que teve como pano de fundo o relacionamento entre Igreja e Sociedade, recebe novo significado a decisão da CNBB de convocar para o nosso país um “Ano da Paz”.

De início, parecia até supérfluo o apelo para a paz, com a Campanha da Fraternidade já nos trazendo motivações muito consistentes para garantir o clima de paz, que permite a participação mais ativa de todos os segmentos da sociedade.

Agora, parece mesmo providencial, que se junte ao tema da Campanha da Fraternidade, este apelo para um Ano da Paz!

Pois de fato, com a fermentação acelerada do contexto político em que nos encontramos, nada melhor do que garantir um clima de paz. Não certamente para nos omitir na busca de soluções para a crise que estamos vivendo. Mas para assegurar que todos possam participar com responsabilidade, dentro de sua competência. 

Precisamos deste clima de diálogo franco e aberto, sempre com a disposição de somar contribuições positivas, para que finalmente se encontre o caminho democrático da superação da crise. 

É certamente um desafio, para o qual todos os cidadãos se sentem convocados.       

Neste sentido, parece chegada a hora de encontrar convergências mais amplas, que superem a busca de pequenos interesses, e abram horizontes para soluções mais consistentes.

Em momentos de crise, como o que estamos vivendo agora, se requer agilidade de decisão, e eficácia na implementação das medidas tomadas.  

Neste sentido, salta aos olhos a urgência de um entendimento melhor entre o Executivo e o Legislativo, tanto a nível do Senado como da Câmara Federal. O relacionamento entre estas duas instâncias de Poder, não pode se caracterizar como uma queda constante de braço, como se fosse necessário a toda hora mostrar o próprio poder. Ele só faz sentido se colocado a serviço do bem comum da nação, e não para a defesa de situações pessoais, ou de interesse de grupos. 

A cidadania está farta de ver detentores de mandato eleitoral disputarem o poder, para partilhar os benesses que ele proporciona. 

Em meio às tensões que marcam o momento de crise que vivemos no Brasil, resulta clara outra urgência, que não pode ser inviabilizada por interesses menores.

Todo mundo já sabe qual é esta urgência. Trata-se da Reforma Política, que precisa acolher os anseios da cidadania, e que não pode se limitar a alguns arranjos superficiais,  que acabam permitindo as mesmas incoerências que caracterizam o atual sistema político que foi se cristalizando no Brasil. 

O debate aberto, e as propostas concretas já levantadas por movimentos sociais e por instituições da sociedade, forneceriam assuntos bem concretos que poderiam despertar a participação popular, que encontraria espaço para a sua contribuição, sem achar necessário proceder a rupturas constitucionais. A democracia tem seus caminhos para superar suas crises, e encontrar novas soluções. 

É hora de serenar os ânimos. É hora de superar a crise!

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