Está apreendido desde o começo da semana em uma cela especial de uma Cadeia Pública, não revelada, da região de Jales o adolescente R.M.B. de 17 anos. Ele é apontado pela polícia como participante do latrocínio que vitimou o caminhoneiro Marcos Adriano Longo. A polícia acredita que a arma usada no crime não foi o enxadão, como foi informado pelo primeiro suspeito, preso uma semana depois do crime. Ainda há dúvidas sobre a participação de cada um.
Outro suspeito pode ser indiciado, mas o Inquérito Policial só deve ficar pronto em cerca de 20 dias. “São muitos detalhes e estamos reunindo informações. A investigação continua. Até agora temos quatro presos. Dois por receptação e dois por latrocínio, mas isso pode mudar”, disse o delgado responsável, Sebastião Biazi.
O policial reafirmou que Curió foi realmente atraído para o local sob a alegação de que seria contratado para fazer um frete de gado. Porém, tratava-se apenas de uma emboscada. Os criminosos, possivelmente dois adultos e o adolescente, queriam apenas roubar o caminhão. “Foi um roubo mesmo. Eles queriam apenas a caminhonete e ele foi morto a pauladas no local”.
Conhecido como Curió, Marcos Adriano Longo, então com 40 anos, foi morto no final da tarde do dia 25 de janeiro depois de ter sido atraído para uma emboscada no km 351 da rodovia Euphly Jalles (SP-563). Preso alguns dias depois, R.S.M. 24 anos, confessou o crime e levou a polícia ao local onde disse ter enterrado o corpo e onde tinha deixado a caminhonete.
SUSPEITA
Em reportagem publicada no dia 8 de fevereiro, o jornal A Tribuna antecipou que o depoimento do primeiro preso não estava completo. Havia desde então, indícios fortes de que R.S.M. tinha recebido ajuda de pelo menos mais uma pessoa. Uma delas, um adolescente.
As dúvidas da investigação se referiam ao transporte e ocultação do cadáver, no furto e transporte dos animais e na ocultação da caminhonete da vítima, que também foi usada no crime.
De acordo com o seu próprio depoimento gravado em áudio e vídeo, o acusado teria matado o caminhoneiro sozinho, percorrido 110 metros com o corpo no ombro, cavado a cova e enterrado a vítima. Em seguida,teria se apossado da caminhonete dele, ido até uma propriedade na zona rural e furtado 12 cabeças de gado, cortando a cerca, descarregando os animais em outra propriedade. Tudo isso sozinho.A polícia nunca acreditou na versão.