Tudo indica que ainda está longe o dia da inauguração do novo prédio da EMEI “Antonio Di Bernardo Peres”, conhecida como creche do “São Jorge”, por ser localizada, atualmente, no Jardim São Jorge, próxima ao velório municipal. O novo prédio, que começou a ser construído em abril de 2012, está situado no Jardim Maria Silveira, bem na divisa com outros dois bairros, o Jardim Bom Jesus e o Jardim Morumbi. A obra está paralisada desde dezembro de 2012, quando o ex-prefeito Humberto Parini deixou o cargo, apesar de, em maio de 2014, a justiça ter determinado que a Prefeitura retomasse a construção em 72 horas.
A determinação da justiça era consequência das reclamações de algumas mães sobre a falta de vagas para seus filhos nas oito creches do município. Apesar da interferência da justiça, a administração não consegue contratar uma empreiteira para finalizar a obra. A primeira licitação, depois de alguns ajustes no projeto, foi realizada em agosto de 2014, quase 20 meses após a posse da prefeita Nice Mistilides, mas não teve interessados. A segunda licitação, na modalidade Tomada de Preços, foi realizada logo em seguida, na segunda quinzena de setembro e, mais uma vez, não apareceu uma única empreiteira disposta a executar o término da obra, orçado naquela ocasião em R$ 380 mil.
Depois de novos ajustes, a administração decidiu fazer a terceira tentativa, mas, na terça-feira passada, 27, data marcada para apresentação das propostas, nenhuma empreiteira deu o ar da graça na nossa Prefeitura. O problema pode estar no preço da obra, mas também pode estar na burocracia do governo federal, responsável pelo repasse dos recursos para construção da creche. “O término daquela creche pode custar bem mais que o valor estimado pela Prefeitura e, além disso, o sistema é muito burocrático, o que acaba atrasando bastante os pagamentos e causando prejuízos às empreiteiras. Está cada vez mais difícil executar obras financiadas com recursos do governo federal”, alega o dono de uma construtora da cidade.
Mães reclamam de falta de vagas. Timpurim garante vaga para todas as crianças
Durante a semana passada, algumas mães procuraram a imprensa para reclamar de uma suposta falta de vagas para seus filhos nas creches municipais. “Eu já estive em duas creches, mas o pessoal fala que não tem vagas. Meu filho ficava na creche da Casa da Criança, que foi fechada no final do ano. Eu estive lá em busca de informações, mas ninguém diz nada sobre como vai ficar o caso dos nossos filhos.
Ganho salário mínimo e não tenho condições de contratar alguém para cuidar do meu filho”, reclamou uma mãe em entrevista radiofônica.
Apesar da falta de informações e dos rumores de que a Prefeitura e a Casa da Criança ainda não tinham chegado a um acordo sobre o aluguel do prédio da entidade, o secretário Roberto Timpurim garante que já está tudo certo. “Nós já firmamos um contrato com a Casa da Criança e a creche que era administrada pela entidade agora vai ficar sob a administração do município, com funcionários pagos pela Prefeitura. Ou seja, o município, que tinha oito creches, agora conta com oito creches e não vai faltar vaga pra nenhuma criança”, afirmou o secretário.
Timpurim está orientando as mães a procurar a Secretaria de Educação. “A Casa da Criança atendia cerca de 70 crianças e a nossa meta é atender todas elas e, provavelmente, ampliar esse atendimento. Não vamos deixar nenhuma criança fora da escola. Portanto, basta que as mães venham até a Secretaria da Educação para obter as informações que elas precisam”, finalizou Timpurim.
