Dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam que os católicos apostólicos romanos permanecem como o grupo religioso predominante em Jales. Mais da metade da população, 24.318 moradores, o que representa 55,7% do total de 48.776 pessoas pertencem a essa religião. Em seguida, aparecem os evangélicos que somam 14.005 moradores ou 32% do total. Outros 3.486 moradores, ou 8%, declararam aos recenseadores que professam outra denominação, enquanto 1.838 ou 4,2% disseram que não têm religião. Não há números disponíveis sobre a distribuição religiosa dos Censos anteriores.
Em cidades vizinhas a proporção é semelhante. Fernandópolis, por exemplo, tem 54.9% de católicos, 30,6% de evangélicos, 8,8% seguindo outras religiões e 5,7% sem nenhuma profissão de fé.
Votuporanga, que recentemente passou a ser sede de Diocese, tem 54,6% de católicos, 28,8% de evangélicos, 10,6% de outras religiosidades e 5,9% se declarando sem religião.
São José do Rio Preto, que acaba de se tornar Arquidiocese, tem 51% de católicos, 28,6% de evangélicos, 12,3% de outras religiosidades e 7,9% sem nenhuma.
Santa Fé do Sul tem 53,8% de católicos, 30,5% de evangélicos, 9,3% de outras religiosidades e 6,4% sem religião.
DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
O grupo dos evangélicos foi o que mais cresceu entre 2010 e 2022 (5,3 pontos percentuais), segundo o IBGE, já que, segundo o Censo anterior, de 2010, eles representavam 21,6% dos brasileiros, um pouco mais de um quinto da população.
Apesar disso, o instituto mostrou que o ritmo de crescimento dessa religião caiu. De 2000 para 2010, por exemplo, a alta havia sido de 6,5 pontos percentuais (de 15,1% para 21,6%). De 1991 para 2000, o avanço tinha sido de 6,1 pontos percentuais (de 9% para 15,1%).
Os sem religião, que incluem qualquer pessoa que não se identifica com nenhuma denominação e aquelas que não têm qualquer fé (ateus e agnósticos), também cresceram, de 7,9%, em 2010, para 9,3%, em 2022.
Outro fenômeno percebido pela pesquisa foi o crescimento das religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, que passaram de 0,3% em 2010 para 1% em 2022.
O levantamento mostra que 26,9% dos brasileiros, ou seja, mais de um quarto da população, se identificavam como evangélicos, mas apesar do crescimento da proporção de evangélicos na população brasileira os católicos ainda eram maioria em 4.881 municípios brasileiros. Em 20 deles, dos quais 14 estão no Rio Grande do Sul, os católicos superavam 95%.
De acordo com o Censo, a proporção de católicos aumenta de acordo com a idade, a partir de 30 anos. Entre os que têm 20 a 29 anos, por exemplo, 51,2% diziam seguir essa denominação. Na população com 80 anos ou mais, o percentual chegava a 72%.
Em 2022, o catolicismo liderou em todas as grandes regiões do país, com maior concentração no Nordeste (63,9%) e no Sul (62,4%). Os evangélicos, por sua vez, estavam em maior proporção no Norte (36,8%) e no Centro-Oeste (31,4%).
A maior concentração dos que se declararam espíritas era no Sudeste (2,7%), e os umbandistas e candomblecistas estavam mais presentes no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%). O Sudeste (10,5%) também reunia a maior quantidade de pessoas sem religião.
Embora os católicos apostólicos romanos fossem maioria em todos os grupos de idade, a proporção desse grupo variou entre 52,0%, na faixa etária de 10 a 14 anos, a 72,0% na faixa etária de 80 anos ou mais.
Em 2022, o catolicismo predominou em todas as categorias de cor ou raça, chegando a 60,2% entre as pessoas brancas. Pessoas de cor ou raça indígena apresentaram a maior proporção de evangélicos (32,2%). As maiores proporções de espíritas (3,2%), outras religiosidades (13,6%) e sem religião (16,2%) se encontravam entre pessoas de cor ou raça amarela.
As tradições indígenas (24,6%) e os católicos (7,8%) foram os grupos religiosos que apresentaram as maiores taxas de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais. Já os grupos religiosos com as menores taxas de analfabetismo foram pessoas que se declararam espíritas (1,0%) e os umbandistas/candomblecistas (2,4%).
Em 2022, os espíritas foram os que apresentaram a menor proporção de indivíduos sem instrução e com ensino fundamental incompleto (11,3%), e o maior percentual de nível superior completo (48,0%).
Mais da metade dos jalesenses são católicos. Um terço é evangélico
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