A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 19 de novembro, a nona fase da Operação “Anjo Dourado”, fruto de investigação para reprimir a prática de crimes de abuso e exploração sexual infantojuvenil pela Internet. Um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal de São José do Rio Preto foi cumprido na cidade de Dois Irmãos do Buriti-MS, com o objetivo de apreender celulares, computadores e mídias com arquivos de informática que possam conter vídeos e/ou imagens armazenados ou que foram disponibilizados na Internet, relacionados à prática de crimes de exploração e abuso sexual infantojuvenil, além de outros elementos de prova.
Na residência do investigado foram apreendidos diversos materiais de interesse das investigações, os quais serão encaminhados ao setor técnico-científico da Polícia Federal para a realização de perícia. A investigação busca esclarecer a prática de crimes dos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os quais são praticados por quem oferece, troca, disponibiliza, transmite, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, e por quem adquire, possui ou armazena fotografias, vídeos ou outras formas de registros que contenham cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo crianças ou adolescentes. A soma das penas máximas dos crimes pode chegar a 10 anos de reclusão e multa. Além disso, com o advento da Lei 14.811, de 12 de janeiro de 2024, o crime do art. 241-B do ECA passou a ser considerado crime hediondo.
A Polícia Federal de Jales vem desenvolvendo a Operação Anjo Dourado de forma permanente, sendo esta dedicada exclusivamente à repressão de crimes de abuso sexual infantil praticados através da Internet, efetuando um monitoramento constante da eventual prática destes crimes e já tendo realizado diversas operações e prisões em flagrante em virtude disso.
VINHO CONTRABANDEADO
Na mesma data, agentes da PF em Jales cumpriram um mandado de busca e apreensão em Votuporanga no âmbito da Operação “Caminho do Vinho” conduzida pela PF do Rio Grande do Sul.
A investigação teve início devido a apreensão de 6 mil garrafas de vinho em 2022 em Porto Alegre-RS. A partir disso, identificou-se que um núcleo familiar estabelecido na região utilizava uma empresa de “fachada” para revender bebidas ilicitamente introduzidas em território nacional.
Para obter êxito, os investigados contavam com fornecedores estabelecidos em localidades fronteiriças com a Argentina, os quais eram pagos mediante transferências bancárias a contas de passagem pertencentes à organização criminosa.
Tais valores eram, na sequência, repassados aos donos das lojas de vinhos argentinas, seja mediante a transposição física do dinheiro pela fronteira, ou por meio de cambistas e empresas responsáveis pela realização de operações ilícitas de câmbio, comumente chamado de dólar-cabo.
Os gestores dessas contas de passagem, por sua vez, foram identificados como criminosos que atuam em uma espécie de banco paralelo, prestando serviços a inúmeros clientes espalhados pelo Brasil, e que, além da remessa clandestina de recursos ao exterior, viabilizam a prática de lavagem de dinheiro, inclusive mediante a aquisição de criptomoedas.
Polícia Federal de Jales vai ao MS em nova fase da “operação anjo dourado”
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