Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Reforma do Viaduto Antônio Amaro deve começar em outubro

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Deve começar em aproximadamente dois meses a obra de reforma e restauração do Viaduto Antônio Amaro, que passa sobre a linha férrea, ligando o centro à região mais alta da cidade, pela Avenida Francisco Jalles. O valor inicial da obra é de exatos R$ 3.722.529,84, mas como se trata de um pregão eletrônico do tipo menor preço, onde vence a empresa que oferecer a proposta mais vantajosa para o município, o valor deve cair consideravelmente. Os recursos são de Fonte 1, ou seja, oriundos do tesouro do município. A abertura dos envelopes está prevista para as 9h30 do dia 31 de agosto.

O secretário de Obras, Manoel Andreo de Aro, explicou que o prazo de início do serviço depende do fim do processo licitatório, que engloba algumas variáveis. Numa situação ideal, a obra pode começar no início de outubro. “Se tudo transcorrer bem, em 30 ou 40 dias, no máximo, já poderemos emitir a ordem de serviço. Entretanto, projetos de alta complexidade, como esse, podem envolver recursos das empresas concorrentes. São inúmeras situações que podem gerar essa contestação, seja antes, no dia da abertura dos envelopes, ou depois. As empresas concorrentes podem questionar o processo, o contrato, a planilha, a habilitação de outra concorrente e vários outros fatores e isso aumenta o prazo para análise desses questionamentos e o fim do processo licitatório”.

A vencedora deve realizar os serviços de Reforma e Restauração do Viaduto Antônio Amaro, com fornecimento de materiais/equipamentos e mão de obra, por tempo determinado.

Entre os serviços estão proteção, reparo e recuperação estrutural com aplicação de argamassa industrializada, pintura de proteção de estrutura de concreto utilizando verniz, pintura de proteção de estrutura de concreto utilizando hidrofugante e estabilização de talude com solo grampeado, aplicação de selante nas juntas e execução de reparos no concreto com aplicação de selador líquido.

INTERDIÇÃO

Segundo o secretário, todo o cronograma foi elaborado pensando-se em realizar o menor número de interdições de tráfego possível, afinal trata-se de uma das mais importantes artérias viárias do município, por onde passam milhares de veículos todo os dias. “O seu cronograma é em torno de 12 meses. Elaboramos dessa forma para conseguirmos não ter interrupções com tempos muitos extensos. Conseguiremos fazer com interrupções apenas momentâneas. Depois da obra, teremos de volta o viaduto inteiramente liberado para o tráfego”.  

Viaduto está interditado há oito anos

Em 2015, o IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo) constatou, em uma vistoria, que a construção precisava de reforço na estrutura e solicitou o impedimento da circulação de veículos com mais de 6 toneladas. A proibição entrou em vigor em 1º de junho de 2015.

Em dezembro de 2018, o então secretário de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Mobilidade Urbana, Nilton Suetugo, disse que entre os principais problemas encontrados pelo IPT estavam exposição de ferragens e fissuras, que, contudo, não ofereceriam risco imediato. “Os técnicos pediram que se evitasse o tráfego de veículos pesados por causa das frenagens, que de certa forma, empurram os blocos de concreto, chamados de tabuleiros, e podem provocar deslocamentos”.

Viaduto Antônio Amaro recebe nota 2 em inspeção sobre segurança

Laudo emitido pela empresa Carmona Soluções de Engenharia, no dia 27 de outubro de 2021, classificou com nota dois (numa escala que vai até cinco) a situação funcional do viaduto Antônio Amaro, na Avenida Francisco Jales. “Há danos que comprometem a segurança estrutural do viaduto, sem risco iminente. Sua evolução pode levar ao colapso estrutural. A obra necessita de intervenções significativas a curto prazo”, atestou a empresa especializada, classificando a situação funcional do viaduto como “ruim”.

A empresa levou em consideração a Norma Técnica 9452 de 2019, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que trata dos procedimentos para a inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto. Ou seja, a norma possui como escopo a especificação das exigências para a realização de inspeções que objetivem avaliar o estado de conservação de Obras de Arte Especiais (OAE) de concreto. O documento estabelece os conceitos pertinentes às inspeções, orienta quanto aos processos de coleta e registro de dados e define os critérios de classificação, provendo assim instrução aos inspetores e gestores que a utilizem.

A metodologia de avaliação da NBR 9452 consiste na atribuição de notas de classificação, de modo a representar as anomalias identificadas na inspeção da ponte em um valor numérico que caracterize a condição geral da estrutura. As notas são apresentadas em uma escala de cinco níveis que variam de 1 a 5, da condição crítica à excelente, respectivamente. A avaliação deve ser realizada segundo os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade, sendo atribuída uma nota para cada um destes. O viaduto Antônio Amaro não alcançou nota máxima em nenhuma delas.

São definidos como parâmetros estruturais os aspectos relacionados à segurança e estabilidade estrutural da ponte; parâmetros funcionais, os que influem no desempenho satisfatório da obra, como conforto e segurança dos usuários em condução, e como parâmetros de durabilidade os aspectos que possuem impacto direto na vida útil e manutenção da estrutura.

Conforme recomendado pela NBR, a empresa elaborou um quadro que correlaciona cada parâmetro com as notas de classificação, contendo breve descrição da condição característica da obra.

A norma define os seguintes parâmetros: estrutural, funcional e durabilidade, por meio de atribuição de notas de 5 a 1, sendo 5 — Excelente; 4 — Boa; 3 — Regular; 2

— Ruim; 1 — Crítica.

Ao lado da classificação, a vistoria emite um sucinto parecer justificando a nota. Assim, o quesito estrutural recebeu nota quatro, que significa condição boa. “A estrutura apresenta danos pequenos e em áreas, sem comprometer a segurança estrutural”.

Mesma classificação para o parâmetro Durabilidade. “O Viaduto apresenta pequenas e poucas anomalias, que comprometem sua vida útil, em região de baixa agressividade ambiental”, atestou.

As informações são do secretário de Desenvolvimento Urbano, Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Manoel de Aro, em resposta a um pedido de informações do vereador Ricardo Alexandre Fernandes Gouveia.

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