Desde o início da vacinação contra a Covid-19, Jales já aplicou 127.153 doses das vacinas de todos os fabricantes disponíveis. Os números são do Vacinômetro e foram atualizados no dia 8 de novembro. Em tese, o número seria suficiente para vacinar três vezes toda a população adulta da cidade. Mas não é isso que aconteceu. Enquanto 44.840 jalesenses tomaram a 1ªdose, 42.264 tomaram a 2ªdose e apenas 27.824 tomaram a dose de reforço. Isso significa que quase 38% dos que iniciaram a vacinação não voltaram aos postos de saúde para completar o processo.
O número de faltosos é ainda mais assustador quando se compara o número dos que tomaram a 2ªdose de reforço, apenas 10.984. Isso significa que 75,5% dos que tomaram a 1ªdose não tomaram o 2ºreforço.
Dentre os municípios que pertencem ao DRS XV (Departamento Regional de Saúde), com sede em São José do Rio Preto, Jales é o sexto que mais vacinou, porém, é importante lembrar que a quantidade de vacinados é equivalente à população. Então o município sede aparece em primeiro lugar com 1.287.195 doses aplicadas. Depois vem Catanduva com 298.520 doses; Votuporanga com 260.339 doses; Fernandópolis com 200.873 doses; Mirassol com 159.580 e Jales com 127.153. O município que menos doses aplicou é a pequena União Paulista com apenas 4.614 doses.
O estado de São Paulo continua com a maior parcela de habitantes com vacinação completa: 88,56% da população local. Piauí (88,28%), Ceará (85,89%), Paraná (83,19%) e Rio Grande do Sul (81,72%) aparecem a seguir.
CASOS CONFIRMADOS
Por deliberação do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Jales, desde 3 de outubro, os boletins epidemiológicos passaram a ser publicados apenas às segundas-feiras. Mas a Vigilância Epidemiológica mantém a coleta dos dados atualizada e arquivada na Secretaria Municipal de Saúde.
E segundo esses dados, na última segunda-feira, 7 de novembro, havia 17.636 casos confirmados. Nos oito dias anteriores (desde a segunda, 31 de outubro), foram registradas apenas 13 notificações. 15 testaram como negativos e 1 recebeu resultado positivo. O novo caso foi diagnosticado em um homem de 45 anos na unidade do Novo Mundo.
O novo formato de divulgação dos boletins foi adotado em face do número muito baixo de casos. Por exemplo, no dia 3, quando o sistema começou a vigorar, havia 17.632 casos confirmados da doença, crescimento de 4 casos em 35 dias.
USO DE MÁSCARA
Porém, a situação não é tão confortável nos grandes centros. O Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira, dia 10, mostrou um aumento de casos de Covid-19 entre a população adulta dos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Os casos com comprovação laboratorial para o vírus se referem à semana epidemiológica entre 30 de outubro e 5 de novembro, e com os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 7 de novembro.
De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, a atualização do boletim alerta o país para a disseminação da doença, após a constatação de aumento no Amazonas na semana passada.
“Na atualização, a gente observa não apenas a manutenção dessa tendência no estado do Amazonas, mas também em outros três estados. É importante lembrar que os dados de resultados laboratoriais são parciais, são informações ainda incompletas em relação ao cenário recente e ainda assim foi possível observar aumento nos casos comprovados”.
Gomes explica que, nas próximas semanas, a atualização dos dados dará um panorama mais concreto sobre a mudança do cenário da pandemia.
“Como os dados laboratoriais demoram mais a entrar no sistema, é esperado que os números de casos das semanas recentes sejam maiores do que o observado nesse boletim, podendo inclusive aumentar o número de estados em tal situação”.
Segundo ele, ainda não é possível relacionar o aumento dos casos com a identificação de novas sub-linhagens do coronavírus, identificadas recentemente. Uma mulher morreu nesta semana em São Paulo, em consequência de complicações sofridas devido à contaminação por uma nova variante.
O pesquisador explica também que a Covid-19 tem demonstrado tendência a ter picos anuais de sazonalidade no Brasil, ao contrário de outras doenças respiratórias, como a gripe, que aparecem com mais frequência no país apenas nos meses de inverno.
O Brasil registrou aumento de casos de Covid-19 entre maio e junho de 2022, depois da forte onda verificada em janeiro e fevereiro. Neste momento, a Fiocruz indica aumento de internações por doenças respiratórias de pessoas a partir de 18 e no Rio Grande do Sul, na faixa a partir de 60 anos.