A Polícia Federal cumpriu, na manhã de quinta-feira, 25 de novembro, dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Rubinéia e Casa Branca, no Estado de São Paulo. Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual de Santa Fé do Sul e são relacionados à Operação PONZI, que desarticulou um esquema de Pirâmide Financeira na região de Jales no último dia 11.
Dois “consultores” do grupo investigado, que na verdade eram captadores de recursos financeiros das vítimas, foram os alvos desta fase da operação. Após a deflagração da Operação, a PF confirmou que os dois homens eram os principais captadores do grupo investigado e ganhavam entre 5% e 10% sobre o total dos valores captados dos “clientes”. Os captadores chegavam a receber entre R$ 100 mil e R$ 200 mil por mês, sendo que um deles, de acordo com as investigações, teria recebido R$ 300 mil em um único mês de comissão sobre suas captações.
Considerando os volumosos recursos financeiros captados, é possível que os dois “consultores” possam ter auferido milhões de reais a título de comissão pelas captações. A Justiça também decretou medidas cautelares diversas da prisão a estes investigados. Após representação da PF, a Justiça Estadual de Santa Fé do Sul/SP decretou o bloqueio dos bens móveis e imóveis, além dos recursos financeiros das contas dos captadores investigados, bem como de suas empresas, que permanecerão à disposição da Justiça Estadual.
Nas buscas de quinta-feira, os policiais federais apreenderam dois veículos, uma embarcação, celulares, mídias de armazenamento, computadores e farta documentação na residência dos investigados em Rubinéia e Casa Branca. Dois cofres apreendidos na sede da empresa e na residência do empresário líder do esquema de pirâmide foram abertos na data e apenas algumas cédulas de moedas estrangeiras, além de algumas joias foram encontradas no interior de um dos cofres. O outro cofre estava vazio. As investigações prosseguem.