Apesar de não conseguir negar que cometia um ato ilícito, um jovem de apenas 20 anos que foi preso por tráfico de drogas na sexta-feira passada, dia 14 de maio, ficou bastante abalado ao receber voz de prisão em flagrante. O motivo, segundo ele mesmo disse aos policiais que o conduziram, é que ele estava estudando para realizar um sonho: ser policial militar. Seu sonho foi interrompido pela sedução da oferta por dinheiro fácil.
A prisão pode ter inviabilizado o seu suposto objetivo profissional, uma vez que qualquer candidato precisa apresentar o chamado “atestado de bons antecedentes”, que comprovam a ausência de condenações criminais. Além disso, antes de dar posse ao novo policial, a corporação realiza o que chama de “pesquisa social”, entrevistas com conhecidos e vizinhos sobre a vida pregressa do candidato.
DINHEIRO FÁCIL
Na noite de sexta-feira, 14 de maio, investigadores da DISE (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) de Jales, apoiados pela Polícia Militar, prenderam o rapaz na sua casa, no Jardim Paulista.
Os policiais civis receberam informações de que o jovem de 20 anos estaria guardando drogas em sua residência e em seu local de trabalho. Com o apoio de policiais militares, foram até os locais e encontraram, em sua casa, dois tijolos de maconha, pesando pouco mais de 2kg, 150g de crack e 55g de cocaína, além de uma balança de precisão, uma máquina de cartão de crédito, petrechos utilizados para particionar as drogas e R$ 454,00 em dinheiro.
O delegado da DISE (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), Ademir Gasques Sanches Júnior, autuou o rapaz em flagrante por tráfico de drogas.
O jovem afirmou aos policiais que estava estudando para prestar o próximo concurso para policial militar, mas acabou sendo atraído pela oferta de traficantes para guardar droga em sua residência.
“Esse foi apenas mais um de muitos outros sonhos e vidas interrompidas pelas drogas, por isso, a Polícia Civil reforça: não use drogas!”, alertou a nota emitida pela polícia.
Qualquer denúncia pode ser feita pelos telefones 197 e (17) 3632-9000 (ramal 235). A identidade do denunciante não será revelada.