A Secretaria da Saúde de Jales, por meio da Vigilância Epidemiológica, divulgou o novo boletim que mostra a atual situação epidemiológica da dengue no município. Além dos números de casos registrados, também foi apresentado o resultado da Avaliação de Densidade Larvária (ADL), realizado no mês de janeiro. É importante ressaltar que a conscientização e sensibilização da população sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya, Febre Amarela e Zika, continua sendo o foco da Prefeitura de Jales.
Segundo Vanessa Luzia da Silva, coordenadora da equipe municipal de Combate às Endemias, de 01 de janeiro ao dia 02 de março, foram notificados 38 casos em Jales, sendo que três são positivos autóctones e 17 negativos. Os positivados pertencem aos bairros Jardim Pêgolo, Jardim Bom Jesus e Distrito Industrial I.
Em função do período propício ao desenvolvimento do mosquito transmissor de doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya, por conta das chuvas e calor típicos dessa época do ano, o setor de Combate às Endemias está alertando a população para que não haja o aumento de criadouros do Aedes Aegypti, e continua realizando visitas aos domicílios procurando possíveis criadouros. “Devido à pandemia da Covid-19, o Ministério da Saúde orienta aos agentes de combate as endemias que não adentrem mais as residências para verificação de ralos e pontos que podem se tornar criadouros do mosquito. Atualmente estão sendo examinados apenas as áreas fora da casa, como quintais e varandas. Os agentes também não realizam as investigações em casas onde moram apenas idosos, que fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus”, ressaltou Vanessa.
Em relação ao Índice de Infestação do Aedes aegypti, obtido com a relação de recipientes com larvas e número de imóveis trabalhados, o resultado geral apresentado foi de número 4, considerado como situação de alerta pelo Ministério da Saúde. Por meio dos dados obtidos nessa avaliação, é possível redirecionar e/ou intensificar algumas medidas ou alterar as estratégias de controle das larvas do mosquito adotadas pelo município. “O Ministério da Saúde recomenda que o índice não ultrapasse 1, pois acima disso há chances de epidemia de dengue. Em alguns bairros esse índice chegou a 7,7, como por exemplo nas áreas de abrangência das unidades de saúde Uniamérica, Roque Viola e Paraíso”.
Vanessa salienta que o trabalho de combate à dengue não para. “Além do trabalho de prevenção constante, os agentes comunitários de saúde e de endemias continuam visitando e vistoriando as residências. A participação da população é considerada fundamental para a vigilância da doença, já que muitas das ações efetivas dependem da participação de cada um, e o controle e prevenção só poderão ser alcançados com o apoio de todos”.
A coordenadora da equipe municipal de Combate às Endemias frisou ainda que durante as visitas aos imóveis da cidade, os agentes têm encontrado com frequência objetos como bebedouros de animais, vasos e pratos de plantas, reservatórios de água de chuva, pneus e materiais recicláveis. “É muito importante que a população contribua para eliminar esses recipientes e objetos que servem de criadouro para o mosquito que transmite a dengue e outras doenças”, finalizou Vanessa.
Densidade larvária
Durante a Densidade Larvária do Aedes aegypti, a ADL, são coletadas amostras em imóveis escolhidos aleatoriamente em todas as regiões da cidade. Os resultados obtidos geram o Índice Breteau (IB), um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nos locais vistoriados e que permite saber em quais regiões da cidade há maior risco de transmissão da dengue. O índice de tranquilidade, com condições satisfatórias é inferiores a 1%. De 1% a 3,9% a situação é de alerta. Superior a 4%, há risco de surto de dengue.