Uma ocorrência policial registrada na noite de sexta-feira, 23 de março, impressionou os policiais civis e militares que trabalharam para solucioná-la. Um morador da Rua Professor Rubião Meira, em Jales, estuprou a própria filha de apenas 13 anos. Foi a menina que denunciou o crime à mãe, que, por rua vez, acionou a Polícia Militar. A.D.S. foi capturado, durante a madrugada, no km 594, próximo a Urânia, quando tentava fugir de bicicleta pela rodovia Euclides da Cunha.
Em depoimento à delegada plantonista, o homem confessou o ato. A ocorrência foi registrada como Estupro de Vulnerável e o criminoso foi encaminhado inicialmente para a Cadeia Pública de Santa Fé do Sul, onde permanecerá em prisão preventiva.
Ao verificar a sua identidade, os policiais descobriram que o estuprador ainda estava sendo “procurado” pela Justiça pelo crime de roubo.
A delegada de Defesa da Mulher, Maria Letícia Camargo, que por coincidência estava de plantão naquela noite, declarou em entrevista a uma emissora de rádio local, que os policiais, tanto militares quanto civis, ficaram especialmente “comovidos com a situação”.
“Esse caso é muito triste. O pai praticar um ato desses contra a própria filha é algo muito grave. A menina de apenas 13 anos contou que o pai nunca havia tentado nada contra ela e que logo depois do ato, ela correu pra casa da avó pára pedir socorro e ele fugiu”.
Segundo depoimento da vítima, o pai chegou a casa da família como de costume, teve um breve contato com ela na sala, depois a levou para o quarto, a jogou na cama, a despiu e praticou atos libidinosos com ela. De acordo com a delegada, nesse caso não é preciso comprovar a conjunção carnal porque a vítima tem menos de 14 anos e a idade permite configurar estupro de vulnerável.
A delegada revelou que a menina se disse muito envergonhada e chorou bastante. “Eu disse para ela que a culpa nunca é da vítima. É sempre do agressor. Que isso fique claro! As vítimas não precisam ficar com medo. Denunciem! O autor pode ser o pai, padrasto, tio, primo… seja quem for, tem que denunciar porque se não, a gente não tem como punir”.