Professora Bia volta a Auriflama para capacitação sobre Autismo, inclusão e atendimento humanizado

Após o sucesso da primeira palestra realizada no final de janeiro de 2025, a professora Aparecida Moura Monteiro — carinhosamente chamada de Bia — foi convidada a ministrar uma capacitação voltada aos cuidadores de apoio do município de Auriflama. Com vasta experiência na área da Educação, Bia é formada em Pedagogia e Educação Especial, pós-graduada em Deficiência Intelectual Múltipla e possui especialização em Transtorno do Espectro Autista (TEA). A professora Aparecida Monteiro, contou com a participação das convidadas, as amigas Pamela Natany Marques da Silva, Gisele Cristina Lima, Lieny Munhoz Martins, e também do estúdio Triartes que apostaram na parceria de cuidar das pessoas, da saúde do corpo e mente daqueles que mais precisam.
A formação aconteceu na E.M.E.F. Dona Conceição de Oliveira Moreira, nos dias 18, 20, 25 e 27 de março, e 8 de abril, totalizando 20 horas de curso. Os encontros foram realizados de forma híbrida, com quatro presenciais e dois online. A adesão foi expressiva, demonstrando o compromisso dos profissionais com uma educação mais humanizada e assertiva.
Durante os encontros, temas como equidade, antirracismo, manuseio de crises, direitos humanos e acolhimento humanizado foram abordados com profundidade. Um dos pontos altos da capacitação foi justamente a ênfase na importância do olhar empático e respeitoso para com os alunos. Os encontros foram interativos, e os profissionais participaram de dinâmicas e estudos de caso — como o exercício de discutir estratégias para resolver uma crise —, o que enriqueceu o aprendizado coletivo.
O impacto positivo do curso foi evidente nos relatos das participantes, que destacaram a relevância de compreender não apenas os desafios enfrentados pelas crianças, mas também a importância do acolhimento.
A profissional Angélica Cristina Galdeano Carvalho, Auxiliar de Desenvolvimento Infantil na E.M.E.F. Prof.ª Clara Carvalho Ferreira, compartilhou:
“Gostei muito de participar do curso, de tudo que foi ensinado, porque esse é o primeiro ano que trabalho com criança especial. Consegui aprender bastante sobre como agir com as crianças em diferentes momentos, especialmente quando entram em crise. O curso foi muito bem explicado e enriquecedor. Sei que a realidade dentro da escola muitas vezes é bem diferente, mas agora me sinto mais preparada para tentar transformá-la.”
Já Gleisse Gonçalves Dourado, também da Escola Clara Carvalho Ferreira, destacou:
“Concluí o curso sobre Autismo com grande satisfação e aprendizado. Compreendi as características, causas e sintomas do TEA, assim como estratégias de intervenção e apoio. A inclusão e aceitação são fundamentais, e estou ansiosa para aplicar esse conhecimento na minha vida pessoal e profissional.”
Outro depoimento marcante veio de uma mãe e profissional da educação, que afirmou:
“O curso foi extremamente esclarecedor. Esse lado humanizado é essencial para nosso trabalho. Às vezes as pessoas enfatizam apenas as dificuldades em lidar com as crianças, mas aprendemos tanto com elas. Como mãe de uma criança com TEA, posso dizer que foi uma experiência gratificante. Uma sugestão seria abordar mais profundamente o porquê das dificuldades que essas crianças enfrentam, como movimentos repetitivos, sensibilidades sensoriais, seletividade alimentar e crises. Muitos ainda confundem isso com birra ou frescura, mas é essencial compreender o que realmente está por trás dessas manifestações.”
O último encontro, realizado na terça-feira, 8 de abril, foi marcado por grande emoção. Uma mãe procurou a professora Bia ao final do curso e agradeceu, emocionada, pela importância da capacitação das profissionais no cotidiano e no desenvolvimento de seus filhos. As participantes também manifestaram o desejo de novas formações com a professora, reconhecendo o valor do conhecimento compartilhado e da prática humanizada na atuação escolar.
Com lágrimas nos olhos e o coração cheio de gratidão, a professora Aparecida Moura Monteiro declarou:
“Foi uma realização na minha vida. Estou muito feliz por ver essa sementinha plantada começar a brotar. Tenho certeza de que ela ainda dará muitos frutos. Este projeto é importante para tantas pessoas — para as crianças, para as famílias, para os profissionais. Fico orgulhosa de fazer parte disso.”