Depois de atravessarmos uma epidemia com explosão de casos de Covid-19 no primeiro semestre de 2022, a avaliação da Secretaria Municipal de Saúde é de que o pior já passou e a pandemia pode estar no fim. A conclusão é da enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luzia da Silva, que monitora a evolução dos casos e as ações de combate à doença. Ela se baseia nos registros passados pela chamada atenção básica (postos de saúde e UPA) para a Vigilância.
“Neste momento, podemos considerar que passou o período de epidemia de dengue no município. Podemos dizer que o Município de Jales não enfrenta mais uma epidemia de dengue”, disse.
De acordo com os números da Vigilância Epidemiológica, até o momento foram registradas 3.283 notificações de dengue na cidade. No mês de maio, esse número caiu para 285 e na primeira quinzena de junho foram apenas 23 notificações.
Ela credita a queda ao clima desfavorável à proliferação do mosquito transmissor. “A gente já esperava essa queda porque é comum a diminuição dos casos com o fim do calor e das chuvas. O que mudou naquele ano é que neste período de junho e julho não tinha nenhuma transmissão, os casos zeravam. Mas este ano, houve diminuição, porém ainda há transmissão”, ressalvou.
Segundo ela, o fim das chuvas constantes reduz a oferta de recipiente acumulando água, exatamente porque tem menos chuva, e as temperaturas baixas prolongam o ciclo de desenvolvimento do mosquito, o que reduz a proliferação.
A enfermeira repetiu o que já tinha afirmado ao Jornal A Tribuna sobre a gravidade dos casos neste ano.
Os sintomas aparentemente mais graves verificados nos casos mais recentes pode ter relação com a queda da resistência das pessoas depois de atravessarem casos de Covid-19 ou até mesmo de dengue.
Em situação epidêmica desde 18 de fevereiro, Jales registrou até o fim do mês de março, 1.864 notificações de casos suspeitos de dengue, dos quais 668 foram comprovados como casos positivos autóctones e 4 positivos importados. A média é de 7,4 casos confirmados por dia.